Brincadeira divertida no blog de livros do “Guardian”: qual é o personagem literário mais famoso de todos os tempos? O ponto de partida é uma alegação assumidamente publicitária da editora Penguin de que Sherlock Holmes, o detetive de Arthur Conan Doyle (com um bocado do código genético de Poe, como já comentamos aqui), seria o detentor do título.
O que leva a autora do post, cética, a lhe opor um adversário mais erudito como D. Quixote e em seguida coletar com conhecidos sugestões que incluem Hamlet, James Bond e Harry Potter. Quase todos transformados em figuras ainda mais populares graças a adaptações para outros meios, claro, em especial o cinema – o jogo é esse mesmo.
Começou então uma discussão animada entre os leitores. Gostei especialmente de um palpite lacônico, mas com a maior pinta de campeão: “Deus”.
E no Brasil, quem você acha que ganharia um concurso de celebridades entre os personagens da ficção? A boneca Emília? A escrava Isaura? Capitu? Mônica? E por que será que só tem mulher nesta lista?
E aqui está mais uma: meu voto vai para Gabriela, aquela que um dia – meninos, eu vi – subiu no telhado para pegar uma pipa.
72 Comentários
Brás Cubas é o mais conhecido. Pode apostar.
Acho Dom Casmurro mais popular que Brás Cubas…
nao falem besteira,
o personagem mais popular da literatura brasileira não vem de machado de assis, que nem é lá tão popular assim…
fico com cebolinha, mônica, pedrinho , narizinho ou emilia…TODA criança conhece, um dia se transformam e adultos mas não deixam de conhecer.
Creio que sejam emília e mônica mesmo, por um motivo óbvio: no nosso país a literatura só tem penetração em massa na faixa infantil. A maioria dos adultos não lê, mas todos na infância tiveram acesso a um gibi da Mõnica ou viram ao menos um episódio do Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Na literatura adulta, suspeito que a personagem mais famosa seja Capitu. O dilema “traiu – ou – não – traiu” faz com que a leitura obrigatória de segundo grau ganhe contornos detetivescos 9ou mesmo de fofoca) e suscite debates que envoilvem até o aluno menos interessado nas letras tupiniquins. E vira – e – mexe é retomado com glamour pela mídia.
Pessoalmente gosto de Aurélia, Diva e da Emília de Alencar e da Joana de Gota d’ Água; mas sei que nenhuma delas é tão pop quanto Mônica, a Emília de Lobato, e Capitu.
Capitu, Dom Casmurro e Brás Cubas.
Concordo com o Carlos… independente daquela coisa que a “gróbio” passou tempo desses…
Acho que vocês estão pensando de modo muito “bonzinho”. O personagem mais famoso é a Cuca. Todo bebe já conhece das cantigas da própria mãe. Depois cresce encontrando outras versões de “cucas” pela vida, desde a sogra até os politicos. Cuca na cabeça.
O personagem mais famoso da história é “Jesus”; ou alguem duvida?
O melhor personagem, na minha opinião, e eu gosto muito de ler, é a Emilia do Monteiro Lobato. Não é a mais famosa, nem é a mais conhecida (a maioria das pessoas a conhecem pela TV), mais é a mais interessante, questionadora e inconformista.
Mas vc se esqueceu, entre os mais famosos, da Alice, de Lewis Carol.
Uma boa discussao esta que vc propos e que não leva a conclusao alguma…
1. brás cubas.
2. baleia( a cadela de vidas secas.)*
3. dona flor.
4. gabriela.
5. emília
*pode animal?
Pergunta técnica: os personagens da Turma da Mônica podem realmente ser qualificados como personagens literários? Tudo bem que o conceito de literatura e de obra literária seja polêmico, mas não há aí um exagero?
Outra coisa: é interessante observar que os personagens literários são famosos não por causa da literatura, mas por causa do cinema e da televisão. Isso diz muito sobre nossa era. No mundo do mass midia, a literatura não passa de uma coadjuvante.
É divertido ver tantos esforçados leitores deste blog citando os personagens de Machado de Assis: Capitu, D. Camurro, Brás Cubas. Fica a impressão de que Machado é altamente popular, o que não é verdade. Poucos sabem quem foi Machado de Assis, menor ainda é o número dos que o leram e a grande parte dos que o fizeram foram forçados a fazê-lo, a contragosto, pela escola e pelo vestibular. Capitu famosa? Ora, poupem-me.
E concordo: Deus é, sem sombra de dúvida, o personagem mais famoso de todos os tempos; em segundo lugar, a palma vai para seu único filho, Jesus Cristo de Nazaré, rex iudeorum.
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………O personagem
………………………………………………….mais
……………………………………………….famoso,
……………………………………………………é o,
………………………………………………………………………………………………………….
…………………………………………………..SACI.
…………………………………………………………………………………………………………
…………………………………………………………………………………………………………
……………………………………………….ACÓRDEM,…
……………………………………………………pôxa.
…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….
Capitu, Macunaíma, Dom Casmurro, Emília, Policarpo Quaresma, Iracema, Diadorin e Riobaldo.
Não saberia ordena-los. Acho pretensioso tentar.
A idéia de Deus como personagem literário – de uma fábula literária – está presente em Deus, uma biográfia, de Jack Miles, bem como em Cristo, uma crise na vida de Deus, do mesmo. Neste sentido, desta forma – pelo menos no Ocidente – ele seria o personagem mais famoso.
Jesus não é personagem, ele existiu. E se ele disse que tinha um pai chamado Deus, se conclui que Deus também não é um personagem e muito menos uma abstração.
O Menino Maluquinho, Iracema, Emilia e Capitu
Dificil.
Creio que seja Emilia. Na literatura adulta, não sei; suspeito de Macunaima. Mas os personagens de Jortge Amado também são fortes, fora a já citado por vc, Sérgio, diria Dona Flor, Vadinho, pois cinema e novela ajudaram muito na divulgação, assim comop Gabriela.
Todo mundo está bastante intelectualizado. Conconcordo um pouco com todos, mas acho que o personagem mais famoso da Literatura Brasileira é Paulo Coelho, protagonista de “Diário de um Mago” de Paulo Coelho.
Eu seguiria ele de Gabriela (Amado), Tieta (Amado) e depois Brás Cubas empatado com Capitu (Machado).
É verdade. O Menino Maluquinho deve ser o mais conhecido exclusivamente pelos livros, até pq a série e os quadrinhos são muito mais recentes.
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Não é que Machado seja popular, apenas é cobrado no ensino médio. E o povo gosta de uma historinha de traição (vejam como vendem as revistas de fofoca). Então: muitos começam a ler pq a escola obrigou, com um interessezinho a mais para saber se o personagem foi corno ou não e tcham-ram… acabam fisgados por uma obra literária de primeira!!! E então temos Capitu, a musa pop da literatura adulta…
Se bem, que, neste momento, ela concorre com Bruna Surfistinha (isola: toc-toc-toc). Muitos leram e muitos mais já ouviram falar… Dá-lhe mídia!!! (e a nossa irresistível vontade de saber quem fez o que com quem, quem corneou quem, quem foi corneado por quem, quem dá ré no kibe ou põe aranha para brigar, etc. A raiz é a mesma!)
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Entre os masculinos, os mais populares devem ser João Grilo e Chicó, mais pelas adaptações televisivas do que pelo contato direto com a obra de Ariano Suassuna. Aqui em Pindorama, de modo geral, lemos muito pouco. Leitura de Teatro então…
Brida vende no mundo inteiro e Macunaíma nos identifica enquanto povo. O amigo tem razão, devem ser de fato os mais famosos de nossa literatura, gostemos ou não.
Brás Cubas e Macunaíma são dois dos mais conhecidos. Mas eu incluiria Riobaldo, Policarpo Quaresma, Quincas Borba, Macabéia, Eduardo Marciano, e tantos outros.
Brás Cubas, Capitu e Riobaldo.
w.m.carvalho
Eu voto na Tia Zulmira, aquela do casarão da boca do mato.
Acho uma injustiça nessa época de liberdade esquecerem de Amaro, o Bom Crioulo, que se não me engano é o primeiro personagem homosexual da literatura brasileira (aliás, preto, pobre e homosexual)
Sem precisar puxar muito pela memória vem Balbina e Rodrigo Cambara, e do filho o Analista de Bage. Lá da Bahia o turco Fadul de Tocaia grande.
há o jeca tatu, o nelsinho, o capitão rodrigo, o joão grilo e o chicó, também.
mas acho que a emília vence todas.
ah, ia me esquecendo: iracema
E o Amigo da Onça, do Péricles, não entra? Acabou virando até uma expressão. Apesar de não gostar do autor, creio que as personagens de Jorge Amado entrou para o imaginário popular. Já os personagens de Machado de Assis fazem parte do imaginário de leitores mais experientes. Não vejo Capitú mais famosa do que Gabriela ou Tieta. O que não implica em qualidade, lógico. Monteiro Lobato também faz parte do imaginário, mais instigado ainda por filmes, mini-séries, novelas e paródias humorísticas.
Eu creio que Jesus Cristo seja mais popular que Deus. Mas para personagem nacional, acho que o Jeca Tatu ganha de todos os demais mencionados.
Não podemos nos esquecer de, claro, Macunaíma.
Também voto no Bentinho.
Os que eu mais conheço, de tanto ler e reler, são os do Tempo e o Vento. Conheço as manias, modos de falar, de comer…meu avô conhecia Bueno e Bueninho, e o Boanerges, que ficou sendo o nome de seu filho mais velho, o livro era “O Espírito do Sol” e foi o único que ele leu. Está lá em casa o livrinho…taí, para mim os maiores personagens são estes três. Eram os únicos que um cara jóia conheceu.
Escolha difícil, mas, na Academia, os romances mais citados são Grande Sertão: Veredas e Dom Casmurro, querendo ou não.
Quando eu li o título do post, imediatamente pensei em Dom Quixote. Quando vi a brincadeira proposta pelo Sérgio, pensei na hora no Capitão Rodrigo. Concordo com o Rafael quando ele questiona a validade dos personagens de quadrinhos (também não acho que sejam literários) e quando ele fala que há que se levar em conta as adaptações de TV e cinema ao se eleger tal personagem. Afinal, a pergunta do Sérgio é clara: ele fala em celebridade. 🙂
Dentro da categoria celebridades, além da Gabriela ganha a escrava Isaura por conta das duas novelas e do sucesso que elas fizeram, apesar de bem diferentes do livro original. Mas minha preferência vai pra Velhinha de Taubaté e pro Policarpo Quaresma como tipos brasileiros.
Acho, creio, ser Romeu e Julieta. A fama de cada personagem vai de acordo com o próprio momento literário e o conceito de literatura. Outrora Aquiles, Alexandre, Rei Hartur, Dom Quixote, Alice, Pequeno prìncipe… Mas eu, repito, acho Romeu e Julieta
Emília é a mais famosa, transcende mesmo à TV. Já personagens famosos, lembrados mais pelos livros, temos a turma do Gordo e da Berenice; Peri e Ceci; Capitu; Menino Maluquinho, etc
Bruna Surfistinha………
eu voto na boneca Emília que atravessa gerações…
Alguém pode dciscordarde D. Quixote e Sancho Pança?:
Alguém discorda de D.Quixote e Sancho Pança?
Com certeza o POLICARPO QUARESMA!
O personagem mais famoso da Literatura….. citando, litaraura de lingua portuguesa…. talvez um dos heterônimos de Fernando Pessoa.
Alberto Caeiro, sim Alberto Caeiro. Não que ele tenha sido personagem dalguma narrativa, romance ou algo similiar, mas porque ele se destacou e se materializou como, segundo o proprio Pessoa, um mestre. Mestre, simples, sem cultura, mas acima de tudo um mestre.
É Deus mesmo.
Na literatura brasileira é Capitu, personagem do livro Dom Casmurro de Machado de Assis. Mundialmente, creio que seja Romeu e Julieta.
Olá Senhoras e Senhores,
Creio que o personagem mais significante e lembrado da literatura brasileira seja a cadela Baleia de Vidas Secas de Graciliano Ramos.
O animal é humanizado ao contrário da família que acompanha na história.
Perguntem a alguém de qual personagem que se lembram deste livro?
Não podemos esquecer de Antônio Conselheiro de Canudos.
Não podemos esquecer de Antônio Conselheiro de Canudos.
Um personagem de não-ficçaõ.
Acredito que persoangem de gibi é covardia. São objetos de massificação e ampla publicidade escrita e falada e surgem em tempos mais contemporâneos.
Caros colegas, vocês parecem que não sei. O grande personagem da hístória literária nacional é Macunaíma, o herói brasileiro sem nenhum caráter. O herói de Mário de Andrade retrata os políticos nacionais.
Prezados leitores, discordo de todos vocês. Com toda a certeza o personagem mais conhecido da literatura brasileira é o Leão do Imposto de Renda. Todo ano tem novidades sobre ele!
Engraçado, muita gente falou em Deus, mas ninguém citou seu ilustre opositor, personagem de tantas histórias, inclusive brasileiras… O capeta aparece muito mais como personagem de ficção do que Deus, no folclore, nas histórias de cordel, na rua e no meio do redemunho acadêmico…
Daniel, embora eu entenda seus motivos, não posso concordar com você. Creio que Deus e o Diabo não são personagens dessa terra do sol. São entidades mitológicas presentes em toda literatura universal.
Deus não é personagem, é autor. E tenho dito.
*
Insisto: Brás Cubas. Ninguém é mais. Conhecido.
O grande personagem da literatura brasileira, na realidade, é Xerxes, não o rei da Pérsia, mas o ex-militante comunista.
EU, SINCERAMENTE, NÃO ESTOU ENTENDENDO MAIS NADA…
Essa página sempre foi minha fonte primária de informação geral sobre literatura na internet. O Todo Prosa deixou passar batido a saída de Rubem Fonseca da Companhia das Letras e, agora, nem comenta a morte de Mario Benedetti, que foi antes de anteontem!
O quê que tá havendo? Notas curtas também são boas.
Sobre a proposta da página, a resposta é Dom Quixote. Que outro personagem da literatura é tão conhecido em todas as classes e nacionalidades???
Luiz, não creio que exista nada de literário na saída de Rubem Fonseca da Cia. das Letras. Se não for uma decisão comercial, foi questão pessoal. O resto é fofoca.
Luiz Cláudio, me parece que a proposta do post era saber qual o personagem mais famoso da literatura brasileira.
Eu ficaria entre Capitu e Gabriela, embora ache que Macabéa é bem famosa também.
Emília
Zé Pequeno
Meu voto vai para Quincas Berro d’Água, aquele que Jorge Amado transformou em Santo Padroeiro de todos os pingunços do mun do.
A saída de Rubem Fonseca da Companhia das Letras está longe de ser fofoca e mexe com o mercado editorial. Este blog já tratou de “fofocas” assim. A omissão sobre a morte de Benedetti me dá razão em relação a esses recentes cochilos.
Sobre a questão do tópico, peço desculpas. Falei um personagemda literatura mundial. No Brasil, dá Peri. Ou Ceci.
Um abraço.
NAREBA
Luiz Claudio. Mexe com o mercado editorial? Mexe em que?Abrirá mais espaço para novos talentos? Haverá uma mudança no preço dos livros? Na qualidade? Aparecerá uma nova concepção de mercado a ser implantada? Com o devido respeito, a decisão do autor mexe muito pouco com o mercado editorial. Os livros dele continuarão sendo vendidos, por preços semelhante, mas com outra capa.
Quem mais lê, mais personagens indica. O pessoal se perdeu na proposta e aí misturou tudo: ficção com religião; história com estória, etc… e tal. Para quebrar o racismo não intencional eu indico o Sacy Pererê e o Lula, este na ficção política, com todo o respeito ( ele merece ). Se alguém lançasse uma revista criativa em quadrinhos com o Lula como personagem de ficção, não daria mais pra ninguém.
Puxa, Fernando Torres… você está defendendo o indefensável. Se mexe de mais ou de menos, é o de menos. O fato é que foi uma notícia que passou batido, caramba.
Este blog já deu tanta coisa exótica, deu até que a mãe do Michel Houelebecq deu bronca no filho porque usou o nome dela em uma riponga no livro Partículas Elementares. Se isso é relevante (e eu acho que tudo referente a um tema é relevante em um blog temático), então a saída de Rubem Fonseca não pode deixar de ser…
A morte de Benedetti foi pior ainda. Para um blog que já falou tanto do escritor uruguaio e seus mais de 80 livros, COMO IGNORAR A MORTE DELE???
Estranho você defender que um blog não tenha informado uma notícia dessas. Rubem Fonseca estava na Editora Companhia das Letras há tempos.
Repare o seguinte.
Desde “O Doente Moliére”, em 2000, Rubem Fonseca, a exemplo de Roberto Carlos, vinha lançando uma obra por ano (cada vez de pior qualidade, diga-se, o que mostra que algo havia de errado). Chegou a lançar os constrangedores “Ela e outras mulheres” e “O romance morreu”, meros caça-níqueis. Sem contar aquele do Mandrake que nem consta da página de Rubem Fonseca no Releituras (http://www.releituras.com/rfonseca_bio.asp)
Por que não consta? O livro é vergonhoso, aparentemente foi lançado às pressas por causa da estréia do seriado Mandrake na HBO. Tudo muito estranho.
Para completar, no ano passado, estranhamente, nada foi lançado. Então ele decide sair da editora (cobranças excessivas?) e você acha normalíssimo que o blog silencie.
ISSO DÁ UMA BAITA PAUTA!!!!
Se você discorda, o que eu posso fazer? Então tá, Fernando Torres.
Fabio, peço desculpas.Passei batido. Você indicou o Saci como um dos personagens mais famosos da literatura, só que omitindo o sobrenome Pererê. Sem nenhum espírito de censura no presente lembrete.
Luiz Claudio,
Gostaria de continuar esta conversa por email fernando (ponto) torres (arroba) novasvisoes (ponto) com (ponto) br
Abraços,
Fernando
Gesualdo Bitecemo, do romance “Antenas” …
Caro Luiz Claudio:
Seu direito de se decepcionar com a pauta do Todoprosa é inquestionável, mas estranho tanto seu tom professoral quanto sua revolta. Nunca fiz nem quis fazer um site noticioso sobre literatura. Isto aqui sempre foi um blog pessoal que trata do que me interessa no momento – às vezes com comentários sobre a agenda jornalística, na maior parte das vezes não. Jamais chover no molhado é uma espécie de lema. Para pautas obrigatórias ou óbvias, não faltam endereços mais indicados.
Um abraço.
Sérgio Rodrigues,
O que me estranha (e aqui eu não quero saber professoral) é você não se interessar por fatos como os que eu citei.
Eu leio este blog desde sua criação e posso afirmar que li TODOS os posts até hoje, até porque, como é um por dia em média, não fica difícil acompanhar. Com o passar do tempo, qualquer leitor percebe as características principais dos blogs que ele lê. Salvo engano, duas notícias como estas que eu citei não passariam batido no passado. Posso até estar errado nessa impressão.
Veja: é claro que se o escritor José da Silva sai da Editora A para B, não é “obrigação” sua citar. Jamais seria, tolice defender isso.
Mas, querendo ou não, Rubem Fonseca é diferente. É um escritor com elementos tais que o tornam notícia sempre. Basta pensar que tem 84 anos de idade, está em atividade e , como eu disse, há quase dez anos mantinha a rotina de lançar um livro a cada 12 meses, sempre no final do ano (daí a comparação com Roberto Carlos). A briga dele com a editora Companhia das Letras é notícia. Principalmente dentro deste pequeno universo da literatura brasileira octagenária.
Perceba a coerência da coisa.
Uma hora Rubem Fonseca se irá… e a coerência mandaria seguir o exemplo da morte de Mario Benedetti, ou seja, ignorar o assunto. Pra mim, Rubem Fonseca é sempre notícia, vivo ou morto.
Escritores que já mereceram tópicos por muito menos não deixariam de merecer quando se movimentam. Sejam para outra editora, sejam para debaixo da terra.
É isso.
Um abraço.
Fernando Torres,
Anotei o seu e-mail mas não quero manter a discussão sobre este assunto, pois acho que já deu o que tinha que dar. Peço desculpas por algo que possa ter dito fora do tom. Sérgio Rodrigues chamou a atenção e, sabe-se lá se posso ter tido mau jeito. Mas deixo a você o meu, se quiser estender o assunto ou fazer algum comentário: canutoarrobajournalistpontocom
Discutir literatura é sempre muito bom.
Um abraço!
Luiz Claudio, vou tentar esclarecer de uma vez por todas meu ponto de vista.
Verdade número 1: Rubem Fonseca é notícia sempre.
Verdade número 2: não trabalho (necessariamente) com notícia.
Engraçado você ter lido todos os posts até hoje – façanha de que talvez nem eu mesmo possa me gabar – e não ter percebido que sempre estivemos no terreno da idiossincrasia. O blog não teria chegado tão longe se não fosse assim.
Assim como respeito o seu direito de se decepcionar com a pauta, gostaria que respeitasse o meu, não menos inquestionável, de decidir o que é e o que não é pauta para o Todoprosa.
Abraço.
Oxe, Sérgio Rodrigues!
Eu respeito o que você decide publicar, apenas estranhei a ausência dessas notícias. Foi exatamente isso o que eu disse e fiz questão de explicar, reparou? É chover no molhado você pedir que eu respeite o seu direito de publicar o que quer. O blog é seu!
Também fiz questão de explicar os motivos do estranhamento, exatamente para não passar a idéia de cobrança. O fato de um leitor ter reparado uma “ausência” neste blog é sinal de que se informa por outros. Talvez seja sintomática a hipótese, caso se confirme, de eu ter sido a primeira pessoa a citar Mario Benedetti aqui desde que morreu. Pense nisso.
E não vou nem discutir o fato de você ter afirmado não ter lido todos os tópicos que escreveu. Isso é uma brincadeira, claro… 🙂
Até mais e um bom final de semana pra você.
(A tempo: quando eu falo que “li todos os posts até hoje”, me refiro aos tópicos principais, ok? Não me refiro aos comentários, estes leio raramente, salvo os que me interessam. Acho que foi isso o que você quis dizer com “engraçado você ter lido todos os posts até hoje – façanha de que talvez nem eu mesmo possa me gabar”. Se posts for essas conversas aqui, raramente leio.)
São pares! rs… Gabriela e “Seu” Nacib, moço bonzinho”. ; Dona Flor e Vadinho; Faust e Mephisto. rs…
Acho que já não é mais, mas já foi: Jeca Tatu