O Writer’s Digest lançou a pergunta acima (em inglês) a seus leitores em fevereiro. Algumas das respostas são boas, mas, pensando em qual seria a minha, descobri que a única honesta é: depende do momento. Nesta fase em que estou em luta corporal com um novo romance – apanhando mais do que batendo – o conselho que resolvi imprimir em corpo 72 para colar na parede em frente à mesa de trabalho, de autoria de Neil Gaiman (foto), me parece o mais útil de todos os tempos:
“Termine o que está escrevendo. O que quer que tenha que fazer para terminar, termine.”
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Fernando Pessoa que se cuide: Benjamin Black, heterônimo adotado por John Banville quando escreve romances policiais, vai incorporar o espírito de Raymond Chandler em livro que sai ano que vem. Missão duríssima. Como evitar o pastiche que faz a graça de textos como este da McSweeney’s?
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E por falar em espíritos e cavalos, uma frescura chique: Jeffrey Eugenides (no papel de Henry James), Jonathan Safran Foer e Junot Díaz posam para Anne Leibovitz num superproduzido ensaio fotográfico sobre Edith Wharton para a “Vogue”.
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Para quem estiver muito interessado em refletir sobre o futuro do livro, uma interessante lista de 24 livros (em inglês) sobre o tema.
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O editor Julio Silveira compila em seu blog algumas rejeições célebres, por editores, de manuscritos que viriam a se tornar obras festejadas. Não existe autoajuda melhor para quem se viu esnobado por uma ou mais casas editoriais, embora deva ser dito – o que enfraquece um pouco o efeito balsâmico – que esses erros cômicos se tornaram históricos justamente por serem exceções.
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O escocês Irvine Welsh, autor de “Trainspotting”, vira troll do prêmio Booker, com sua “orientação altamente imperialista”.
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Para encerrar, uma preciosidade youtúbica (via ¡el clandestino!): imagens cinematográficas de Mark Twain feitas por Thomas Edison em 1909.
httpv://www.youtube.com/watch?v=leYj–P4CgQ&feature=player_embedded
2 Comentários
Conselho de José Saramago aos jovens escritores: “Não tenhas pressa e não percas tempo.”
” Nâo perca tempo tentando escrever diálogos. Deixe para os roteiristas de ‘The Good Wife’. Ou seja, a menos que faça parte da equipe, não escreva ficção.”