Não tenho procuração do novo diretor de programação da Festa Literária Internacional de Parati, meu vizinho Cassiano Elek Machado, para fazer esta consulta, mas é melhor assim. A montagem daquele elenco é um exercício de vida real sujeito a tantas limitações e percalços (o único nome já confirmado oficialmente é o de Dennis Lehane, autor de “Sobre meninos e lobos”) que, para quem tem esse privilégio, ficar no terreno do desejo puro vale mais a pena. Sendo assim:
Que escritores de ficção – brasileiro e estrangeiro – você gostaria de ver tropeçando naquele calçamento absurdo dentro de quatro meses, de 4 a 8 de julho?
Um breve histórico de ausências e presenças pode ajudar na escolha – afinal, só vale sugerir quem ainda não passou por lá.
João Ubaldo Ribeiro ia, mas desistiu na última hora. Carlos Heitor Cony, por problemas de saúde, também. Rubem Fonseca não costuma ir a lugar nenhum – isto é, em território nacional. Raduan Nassar e Dalton Trevisan, menos ainda. Luis Fernando Verissimo foi, mas um problema de família o obrigou a sair antes da hora.
Philip Roth nunca encontra espaço na “agenda”, que é basicamente caseira. J.M. Coetzee mora do outro lado do mundo e é famoso por ter alergia a eventos sociais. Consta que Lobo Antunes tem um pé atrás com o Brasil, talvez por não desfrutar aqui nem de uma migalha da popularidade de José Saramago. Amós Oz tem feito jogo duro.
Mesmo com todos esses problemas, passaram pela Flip, entre muitos outros brasileiros, nomes como Ana Maria Machado, Ariano Suassuna, Bernardo Carvalho, Chico Buarque, Cristóvão Tezza, Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Alfredo Garcia-Rosa, Luiz Vilela, Lygia Fagundes Telles, Marçal Aquino, Millôr Fernandes, Milton Hatoum, Moacyr Scliar, Sérgio Sant’Anna e Tabajara Ruas.
E vieram, entre outras atrações internacionais, Colm Toíbín, David Grossman, Don DeLillo, Enrique Vila-Matas, Hanif Kureishi, Ian McEwan, Jeffrey Eugenides, Jonathan Safran Foer, Julian Barnes, Margaret Atwood, Mário de Carvalho, Martin Amis, Michael Ondaatje, Orhan Pamuk, Paul Auster, Salman Rushdie e Toni Morrison.
Agora é com você: que nomes não podem faltar na quinta edição da Flip?
162 Comentários
Espero que Roth e Coetzee nunca venham mesmo. São dois autores que respeito ainda mais pelo trato com o tal “meio literário”.
Nacional: ELVIRA VIGNA. Sempre! A grande injustiçada dos últimos anos pela crítica (também, poucos são os críticos que têm nível pra entender alguns dos livros dela).
Internacional: Elfriede Jelinek (adoooro!)
P.s.: comentário melancólico: eu nunca fui nem acho que irei à FLIP. Too expensive, pomposa demais, cheia de gente caruda, estilosa, com intelectuais de butique… O que é que eu vou fazer lá com as minhas calças jeans cerzidas nas pernas (porque sou coxudo e elas desgastam rápido; e é claro que eu não vou jogar uma calça jeans fora assim sem mais nem menos)? Eu não bebo, não fumo maconha, não gosto de “manifestações culturais de raiz”. Caramba: NÃO TEM NADA LÁ PRA MIM!
Na boa? Ronaldo Correia de Brito, Mayrant Gallo, Menalton Braff, Charles Kiefer e Paulo Bentancur dariam show na Flip. São autores pouco conhecidos do grande público, mas escrevem maravilhosamente bem. Acho que convidar novamente alguns outros seria legal. O Dabiel Galera, por exemplo. Convidaria também o Daniel Pellizzari. E alguns “novos”, como os poetas Ana Rüsche, Caco Ishak e João Filho. Estrangeiros eu traria a Amanda Stern (autora do excelente “Um longo lamento”), o David Remnick, Haruki Murakami (autor de “Norwegian Wood”), Alberto Manguel (do ótimo “A biblioteca à noite”, entre outros), Javier Cercas (de “O motivo), Jim Dodge (de “Fup”), David Foster Wallace (“Breves entrevistas com homens hediondos”) e Daniel Wallace (de “Big fish”, pra ver se alguma editora daqui resolve logo publicar ele). Que tal?
dois espanhóis, Javier Cercas (Soldados de Salamina) e Manuel Rivas (O Lápis do Carpinteiro, Qué me queres, amor?). E um americano: Michael Cunningham.
Michel Houellebecq.
Eu não iria à Flip nem por curiosidade, mas tenho uma sugestão. Embora ache que a literatura norte-americana atual é a melhor do mundo (opinião que “Le Figaro” endossou meses atrás), seria bom aumentar a participação de escritores de outros idiomas. Creio que os escritores ganhariam com o contacto com outras experiências. Ou será que japoneses, russos, chineses, magrebinos, nigerianos, senegaleses, suecos, etc., não estão escrevendo atualmente?
Amós Oz.
Estou pensando, quem sabe, talvez, em comparecer para ver o que o pessoal tem a dizer. É muito complicado lá, Sérgio?
Umberto Eco.
Neil Gaiman seria uma opção se os fãs não fossem causar um afundamento de todo o centro histórico e uma catástrofe cultural. Mas serve o Terry Pratchett.
Eu continuo esperando o convite! Conchavos, por que me faltas?! : )
Dalton Trevisan
Norman Mailer, Philip Roth, Butika.
A dica de Neil Gaiman acima foi matadora.
Um escritor pouquíssimo conhecido por aqui, mas de qualidade muito grande e que se tornaria numa grande tacada da FLIP, ao meu gosto, é o romancista francês Jean-Marie Gustave Le Clézio (J. M. G. Le Clézio), com 4 livros publicados aqui.
O romance A quarentena, da Companhia das letras, é um dos mais bem escritos e belos livros que li ano passado. Belo, complexo, engrandecedor para sua língua.
A tradução, de Maria Lucia Machado, é encantadora.
E penso que, por ser publicado aqui por duas editoras Gigantes, não seria tão difícil trazer Ismail Kadaré.
Todos os que citou deveriam estar, principalmente o Veríssimo, cada vez mais refinado. O Paulo Henriques Britto esteve lá, mas não para falar dele. Como poeta é presença obrigatória. Outro que não pode deixar de ir é Paulo Lins. Dois italianos que li nos ultimos dez anos me impressionaram muito. Um seguramente gostaria de vir. É Antonio Tabucchi, romancista e, provavelmente, o maior estudioso de Fernando Pessoa, dos que não tem o português como língua mãe. É também profundo conhecedor de Drummond. O outro é Stefano Benni. Parece-me uma mistura de Veríssimo e João Ubaldo Ribeiro italiano.
Daniel Pellizzari e David Mitchell.
Ei, Saint-Clair, “coxudo”? Fiquei interessado…
Mia Couto, Lobo Antunes (adoro “os cus de judas” e Zé Saramago. João Ubaldo Ribeiro, seria imperdível. Nunca fui a Flip mas adoraria, nunca tive nem grana e nem tempo. Não é época que eu posso tirar uns dias de folga, mas qdo eu sair desse trabalho massacrante no qual me encontro, que não pode ser pro resto da minha vida, não dá! Uma hora estes caras vão me demitir, daí vou a Flip, beber, fumar maconha, ouvir estes grandes homens e afundar-me na subjetividade e afastar-me um pouco desta realidade civilizada, um dia eu vou…
Marva
ALEXANDRE RAPOSO, que escreveu, por exemplo, o adorável “Memórias de um Diabo de Garrafa”.
Em tempo: Alexandre morava aqui no Rio. Agora anda lá por Florianópolis.
Ana Maria Gonçalves.
Um defeito de cor é, simplesmente, maravilhoso. Ela, com certeza, também deve ser.
Umberto Eco. Graham Swift. Gore Vidal. Zadie Smith. Alberto Manguel. Vargas Llosa. Mailer.
Abaixo a FLIP!
Abaixo a FLIP!
Abaixo a FLIP!
Puxa,…
se o critério é de nomes de quem ainda não foi, então qualquer um que ainda não tenha ido tá valendo.
No mais é citação a esmo pra mostrar que se é descolado, que se sabe das coisas, que se cultiva “aquele” escritor que ninguém ou pouquíssima gente conhece.
Flip é evento. Literatura é outra coisa.
Décio Pignatari, o mais incendiário dos tri-gênios concretistas, que está para fazer 80 anos e ainda arde. Uma pitada de pimenta calabresa não fará mal ao Flip.
VS Naipaul
O Tabucchi, citado acima é uma boa pedida. Além de grande escritor, o cara está familiarizado com nosso idioma. Lá de fora, poderiam chamar também franceses, espanhóis, portugueses, angolanos, moçambicanos, enfim, seria saudável dar um tempo com os americanos, que já vieram em grande número. Dos brasileiros, seria bom convidar o Mirisola, com seus divertidos nonsenses e alguns poetas novos e menos novos que são publicados pela Inimigo Rumor.
Outra sugestão, seria uma mesa com tradutores, esses eternos esquecidos, e representantes das pequenas editoras que têm colocado um pouco de lenha na literatura brasileira. Mas temo que esta minha listinha não agrade muito à Cia das Letras.
Eu não vou. Prefiro beber uma cerva e fumar meu baseado em casa mesmo.
Poetas.
Elisa Lucinda, Flora Figueiredo, Bruna Lombardi…
Mas, talvez, os poetas só caibam num ambiente um pouquinho mais retirado, pois
nem toda poesia convive com agitação. Mas há tantos ambientes em torno de Paraty. Estar em torno de Paraty e olhar Para Ela, já é poesia.
Poesia numa casa? Poesia num barco? Uma embarcação cheia de poesia?
Um barquinho para poesias íntimas? Um iate combina com a poesia do ‘rei’.
Letristas de músicas?
Há quem tenha mais imaginação para isso. Talvez os próprios poetas possam participar da criação.
Beijos.
Queria algum literato japonês, porquê eles nunca falam sobre o panorâma político mundial, nem soltam frases como “minha escrita é um ato de guerra”.
Eles falam de doenças, da velha feia que bateu no cachorro da família, do bombardeio da II Guerra, essas coisas.
E, porra, eles FALAM SOBRE OS PRÓPRIOS LIVROS!
Na Flip não tem mais isso.
Eu veto totalmente: qualquer pessoa vinda do Oriente Médio ou Leste-Europeu. De lá não sai literatura de verdade, só manifestos.
Lobo Antunes morou no Brasil. Tem familiares aqui. Não tem como ter pé atrás.
Acho que ele não pode faltar.
Chamaria, além do Lobo Antunes, o McEwan.
Esqueci de Michel Houllebecq.
Li agora que alguém sugeriu.
Fantástico.
Scliar.
Eles podem se esguelar de me chamar que eu não vou. Não vou, não vou, não vou!
Mia Couto seria legal.
Seria bem oportuna a presença do escritor Alcione Araújo. “Nem mesmo todo o oceano” e “Urgente é avida” são algumas de suas obras que li e recomendo. Ainda não tive a oportunidade de estar numa Flip, mas quem sabe na próxima…
Paulo Coelho…
Sacanagem pessoal… é brincadeira, reconheço, e de muito mal gosto, mas é só brincadeira…
Nacional eu gostaria de ver por lá Heloisa Seixas…
De fora eu gostaria de ver Ryu Murakami… só para não ficar nos muito óbivios…
Dalton Trevisan. Rubem Fonseca. Thomas Pynchon.
J.D. Salinger.
🙂
Estrangeiros:Lobo Antunes e Jonathan Littell.
Brasileiros: Ana Maria Gonçalves.
Pamuk, DBC Pierre, Marilynne Robinson
Ana Maria Gonçalves também acho uma boa lembrança.
Poderia abrir espaço para escritores que divulgam suas obras na internet. E convidar o Luiz Biajoni (deixa eu me preparar pras bordoadas. O Pedro Dória foi falar do livro dele e levou umas :-)), Alex Castro e outros semelhantes.
Edgar Alan Poe, Agatha Christie, George Simenon, Mark Twain, Stefan Zweig, Primo Levi, Machado de Assis… e, claro, um excelente médium.
Mia Couto.
Vargas Llosa eh pedir muito? “As travesuras de la niña mala” está vendendo bastante por aqui.. E agora tah barato pra ir até lima de gol.. Mancora “eh logo ali”..
Agualusa jah veio, certo? Pode voltar também..
Se o Alexandre Raposo quiser carona de Floripa, entra em contato..
Kundera ainda vive? Vem rasgar a cortina por aqui meu caro!
Entao la vai…
Fred VARGAS que é francesa e mulher. escritora de r. policial.
deveria ser mais democrativo patrocinando 2 escritores de cada estado da Uniao para ir e fazer sua palestrinha de 1hora (pelo menos). Assim estará dando vez, voz e voto de modo menos desequilibrado com o Brasil interior.
Precisamos aprofundar nosso pensamento para aprofundar na geopolitica de nosso Brasil. Ah! sim! Estava esquecendo de uma sessao para blogueiros, e “ensaistas” do ciberespaco.
Meus favoritos são mesmo os difíceis Roth e Coetzee.
Mas tem ainda o John Updike, cujo último livro parece que sai em breve por aqui, e o ótimo Antonio Tabucchi.
Para fazer parceria com o Lehane na mesa dos policiais, eu votaria em Fred Vargas e Alexander McCall Smith.
E há muitos portugueses, além do Lobo Antunes: Mário Cláudio, Inês Pedrosa (que já veio em uma Bienal, acho), Teolinda Gersão, Agustina Bessa Luís…
ADOOOOOOOOOOOOOOOOORO a Fred Vargas! Ela é uma GRAAAAAAAAAAAAAAAAAAANDE autora de romances policiais! Brilhante!
Ué, já que o Sergio disse que não tem procuração, que não é um lista da vida real, e que estamos no terreno do desejo puro, sugiro que uma das tendas desse ano seja um centro espírita. Então, chamaría-se grandes médiuns para psicografar e baixar gente como Erico Verissimo, Machado, Dostoiévski, entre outros. Imagino até aquela mesa que sempre costuma fechar o evento, na qual cada autor lê um trecho e fala de um livro do qual gosta, e o Cervantes chegando, meio sem graça, com um livro de cavalaria nas mãos…
Roberto Justus?
Como tenho a mais absoluta certeza de que jamais acorrerão ao evento Sócrates, Goethe, Samuel Johnson e Montaigne, os mais eminentes conversadores de que se tem notícia, e como seria fora de propósito esperar que beldades inefáveis como Eva Green ou Monica Bellucci embelezassem com sua beleza a paisagem de Parati por ocasião da feira literária, ficarei eu, mero moral, em casa, longe da tagarelice que costuma tomar conta desse tipo de festival e assim não me exporei ao risco temível de chamuscar-me na fogueira das vaidades.
Carlos Fuentes, Irvine Welsh, David Means. O Amilcar Bettega já foi?
Faz bem, Rafael. Um sofá confortável, um como de vinho Romanée-Conti 96 e o Código Civil Comentado.
” Por mais raro que seja, ou mais antigo,
só um vinho é deveras excelente:
Aquele que tu bebes, docemente,
com teu mais velho e silencioso amigo.”
Mário Quintana
“um como, não. UM COPO!”
Include me out.
Pelos mesmos motivos do Saint-Clair, menos o problema da calça jeans.
Elvira Vigna, que ainda não li pois ninguém me emprestou livro nenhum, Eduardo Galeano, Décio Pignatari como sugeriu alguém, Sérgio Rodrigues apesar de ainda não ter lido, Marcelo Moutinho e mais alguns novos escritores.
O João Ubaldo já deu tanta entrevista e aparece tanto que já fica meio repetitivo.
Quem for leve lençois impermeáveis pois a cidade tem alta umidade relativa do ar.
Mas muito gostosa quando não tem evento nenhum.
Tô contigo, Rafael. Já que a Jane Austen está morta, podiam levar a Anne Hathaway para uma palestra sobre razão e sentimento.
Tibor, embora eu seja um advogado, o Código Civil, ainda mais o comentado, não é minha leitura de cabeceira. É verdade que eu o leio, por dever de ofício, com uma certa constância, a tal ponto que lembro de cabeça o número de inúmeros artigos, coisa que parece, aos leigos, tão prodigiosa quanto a capacidade dos padres de memorizar versículos dos evangelhos.
Convenhamos, por mais que goste da minha profissão, não desperdiçaria o o momento precioso de desgustar um Romanée-Conti, um vinho, aliás, elogiado por Satanás em pessoa em “O Mandarim”, de Eça de Queirós, com a leitura do Código Civil. Afianço que há atividades muitíssimo mais interessantes para serem exercidas em tais ocasiões; calo-me, no entanto, por pudor.
eu.
🙂
(pro espaço a modéstia, a justiça ou o merecimento nessa hora. lançada a minha candidatura)
dois outros escritores brasileiros que devem participar da flip:
– gustavo villela
– oliver mann
E desde quando advogados têm pudor?
Obrigado pela gentil menção, Clarice. Mas essa seleção aí é para peixes grandíssimos (e costuma privilegiar São Paulo). Entonces…
Acho que as minhas sugestões já foram todas contempladas aí em cima. Coetzee, Llosa, Foster Wallace, Lobo Antunes… Herberto Helder também é um bom nome. Mas peraí: ninguém vai lembrar do Bob Dylan?
O Tibor “roubou” meu comentário. Mas põe aí na mesa branca o Bardo. E se trouxer personagem, que seja Iago. Seve como Kenneth Branagh mesmo… hehehehehehehe
Sérgio, o mais interessante é que, dia desses, fui no lançamento do livro do Dennis Lehane. Fiquei surpreso com a falta de público. Foi só então que percebi uma coisa: a gente idolatra escritores que muitas vezes os EUA, se não desprezam, dão pouca importância. Dennis Lehane entre eles.
Aliás, o livro de contos dele é bem fraquinho.
abs
Paulo, infelizmente aqui por essas bandas basta vir de fora para ganhar verniz de qualidade…
Você vai ver só a cobertura da Flip. O tom provavelmente será aquele: “Nossa, o autor X veio o Brasil! Que impressionante! Conceder sua presença aqui neste mundinho latino… Todo ano é assim.
Tibor, antes de mergulhar na incredulidade sistemática, lembre-se do velho ditado espanhol: “yo no creo en abogados sin pudor, pero que los hay, los hay”.
Por questão de ética não poderia ter ninguém que fez matéria para a Piauí ou Trip, empregos recentes do organizador.
Ah, mas quem lembra de ética nessas plagas. A antiga organizadora colocava seu marido na programação todo ano.
Algém já citou o David Mitchell, mas deixo aqui meu voto para ele, também.
Gosto muito do Michael Chabon, em especial Kavalier and Clay.
Haruki Murakami (este incluo em nome da minha mulher).
E, talvez, Amélie Nothomb (de Stupeur et tremblements, com o qual qualquer expatriado se identifica).
Mas bom mesmo seria ter o Roth, provavelmente o maior escritor americano vivo.
Kurt Vonnegut, antes que ele morra.
E, já que o nome Tibor anda em voga por aqui, Tibor Fischer seria uma escolha interessante.
E Tom Robbins também poderia ser divertido. Na mesma mesa que Fischer e Vonnegut.
Hummmm… Tibor Fischer… um conterrâneo. Podiam chamar também Zsigmond Moricz (outro conterrâneo), mas sem o auxílio de um psicógrafo ia ficar díficil.
Eu voto no Löis Lancaster!
Se a sugestão do Joca Reiners Terron for aceita – Dalton Trevisan, Rubem Fonseca, Thomas Pynchon e J. D. Salinger – e eles vieram, mudo de idéia e vou à FLIP. [No caso do Pynchon, basta só ele e só por meia hora!)
Ah, sim: indicaria o Antonio Torres, grande escritor e cuja obra passeia em parte pela região da Costa Verde
…outra
sugestao: Madonna.
que atacou de escritora de contos infantis recentemente.
Ela chegando e Paraty acabará de vez!
Implodida pelos fas alucinados da mais perfeita traducao do século XX.
Barbárie.
Uma boa pedida era a poeta Angélica Freitas, que está lançando na semana que vem seu primeiro livro, o “Rilke Shake”.
Sei lá… Qualquer cretino que o Luiz Schwarcz, dono da FLIP, ou que os Moreira Salles, donos do Luiz Schwarcz, indicarem estará lá, com certeza. Se for autor da Companhia das Letras e casado com a organizadora da festa, então, é um passo para estar lá dentro, mesmo escrevendo pastiches de romance realista, como faz o Milton Atum.
A FLIP é a mais uma típica babaquice da classe média brasileira, que acha que cultura é absorvida pelo ar… É a DASLU da literatura.
Xará, o livro da Angélica (boa poeta) se chama “A cadela sem logos”. “Rilke Shake” saiu pela mesma coleção, mas é da Marília Garcia
Concordo com o Cézar Santos, lá em cima: Flip é evento. Literatura é outra coisa. Haja vista a quantidade de gente citando autores que nunca leu, e que por nunca ter lido acha que é bom, e que acha que é bom porque a Folha escreveu algo a respeito, e se a Folha escreveu algo a respeito é porque algum criticozinha metido a besta quis ser diferente… ser diferente, aliás, é a principal preocupação desse pessoal… ser diferente, apenas, de preferência com um toquezinho rebelde, esquerdofrênico e levemente blasé. A leitura é um mero detalhe.
Pois é, a Flip enche auditórios com debates que ficariam às moscas em qualquer outro evento – até mesmo a Bienal. É tudo uma questão de cool.
Consertando agora a mim mesmo: meu xará está certo.
Antônio Muñoz Molina. Anne Michaels; Ismal Kadaré; Leonardo Padura; Pedro Juan Gutierrez; Michael Cunninghan. Já fui duas vezes e adoraria voltar. Tempo e trabalho não ajudam. É lógico que Parati é turismo e Flip é evento. Um evento pra beber, fumar e curtir literatura e gente afim. Que mal há nisso?
O ideal é ir à Parati pelo evento e à FLIP pelo turismo. Beber e respirar ar puro é que conta… o resto é dispensável.
MM, “A cadela sem Logos” é do Ricardo Domeneck; “Rilke Shake” é mesmo da Angélica Freitas; o da Marilia Garcia esqueci o título. Tô com as provas dos três.
Concordo com você: Antônio Torres deveria ir lá; além de grande escritor, fechou bem a trilogia começada com “Essa terra” e é um ótimo palestrate/debatedor.
Clarice, minha filha: me liga: 2230-6410 ou então 8756-6410. Eu vou te emprestar URGENTE algum livro da Elvira! Mea culpa.
P.s.: demais membros (ui) do staff de comentadores do TP: por favor, sem me passar trote, sim? Eu tenho uma mãe idosa e doente que pode não reagir bem…
Cara, dar seu tel assim em público? Tá mesmo querendo receber spam fonado, não é mesmo?
Nada, bobo, eu tenho bina. Mas você tirou a graça da coisa. HAHAHAHAHAHA.
Eu ficaria preocupado com Machado de Assis na FLIP. Ele seria massacrado com perguntas repetidas sobre a traição ou não de Capitú, os comentários ferinos de Guimarães Rosa, os rumos da ABL, seu suposto “embranquecimento”…
E ainda, como todo escritor, ele teria que falar sobre o caráter elitista da FLIP, literatura e internet, e o conflito Israel/Palestina.
Imaginem quantos manifestos ele seria requisitado a assinar, inclusive retroativos, como “contra a censura do Estado Novo”. Não é uma vida fácil.
Lobo Antunes. Gostei.
Não devem faltar Miguel Sousa Tavares e Abílio Estevez, os mais novos expoentes da literatura portuguesa e espanhola.
Pela ilustração do Leo Martins, o número de escritores deve ficar restrito. Apenas canhotos.
O pessoal do blog Blônicas; só tem fera lá e até virou livro.
Acho que deveria abrir espaço para novos como é o caso de Laureano da Rosa Secundo. Ele tem participado de antoplogias e apresentado uma obra sobre lendas da região do Pantanal. Ele, ao lado de Manoel de barro está inserindo a região no cenário literário nacional. Já publicou um livro , Tio Juca e o grande pântano pela editora Corifeu( http://www.corifeu.com.br).
Tom Stoppard, Sam Shepard, Jonathan Franzen, Frank Miller e Bob Dylan.
Saint-Clair,
Acabei de telefonar.
Sua mãe é muito gentil.
Eu disse que era Clarice e ela me perguntou se eu era professora. Eu disse que sim, né?
Imagina se dissesse que te conhecia da Internet?
O que que ela ia pensar?
Mas você foi no, sei lá onde. Mas se você tem bina não precisa alugar a sua mãe de anotar telefone dos outros. Que coisa!:o)
Aguardo.
Marcelo,
Exatamente pelo que implica o convite aos “peixões” é que não me anima muito.
Nem são os peixões em si.
Mas há peixões e peixões,né?
Quanto ao Antônio Torres eu acho que deveria ser convidado sim.
Alvaro Mutis e Victor Giudice, se vivos estivessem. Já os “mortos” de sempre estarão lá, sem dúvida…
É um problema depender-se tanto, em termos de eventos Literários (raras são as exceções), somente da FLIP (claro, um sopro de vida no marasmo geral). Contudo, é necessário que mais e mais eventos literários aconteçam. Segmentados que sejam: para novidades, para consagrados, tudo ao mesmo tempo agora, etc… O Brasil precisa respirar Literatura.
Mas, já que estamos no tema “sugestões para a FLIP”, que tal uma dupla de argentinos? Sabato (rápido antes que seja tarde) e Piglia. Eventos desse porte no Brasil deveriam enfatizar (já que as oportunidades são poucas) autores nacionais (ululantemente óbvio), portugueses e latino-americanos (acrescentemos Garcia Márquez tb).
Tabucchi e Houellebecq.
parabéns ao ‘staff’ de comentadores da TP _ contra ou a favor, sempre alertas…
ps. Marvado, larga esse massacre…
Sérgio, nunca fui a FLIP, mas a sensação que passa é de que lá é um reflexo do nosso mercado editorial, um reflexo em especial de alguns erros. Por exemplo, há um predomínio de autores e obras escritas em inglês. Pela lista citada no post a gente já percebe isso. Autores como Alan Pauls, Martin Kohan e Tununa Mercado geralmente são deixados de lado nesses eventos. E há tanta proximidade entre o que esses autores dizem e nossa literatura! Agora, olhe o mercado editorial brasileiro: temos sempre o último Amis ou Roth quase tão logo é possível e ainda não temos uma tradução de “Museo de La Novela de La Eterna”, por exemplo. Existe uma falta de interesse por parte do leitor brasileiro? Não trabalho no setor, mas não acredito que esse seja o motivo. Além do mais, como já disseram, parece que há discussões de todo tipo e poucas discussões sobre literatura. Também não sei o que pensam os organizadores, mas talvez não seria essa a oportunidade para justamente nadar contra a corrente e apontar para onde ninguém nunca aponta? Ou será que eu é que sou do contra?
que tal thomas pynchon, charlie kaufmann, garcia marquez, pedro juan gutierrez, pablo tusset, woody allen?
Leandro: ótima a sua lembrança de Alan Pauls. Macedônio, infelizmente, só na mesa mediúnica que alguém lá em cima sugeriu 🙂 Em relação ao seu comentário, a respeito de nosso mercado editorial, lembro-me de um comentário de Borges a respeito dos idiomas (aqui acho que poderiamos aplicá-lo às Literaturas). É mais ou menos isso: “Quando eu era menino, ignorar o francês era ser quase analfabeto. Com o correr dos anos, passamos do francês ao inglês e do inglês à ignorância.” Pois é, eu só acrescentaria a “onda” afegã entre o inglês e a ignorância.
Tibor, você estudou na Unisantos? Se a reposta for sim, foram contemporâneos lá. Fizemos juntos o básico (PP), depois segui por outro caminho… Vamos tentar contato… Abraços….
Não adianta eu me esconder. Fujo pros confins do planeta e mesmo lá, sou descoberto. Sim. Estudei na UniSantos. PP. Mantenha contato.
Cara, que grata surpresa! NO pouco contato que tivemos, deixaste-me boas impressões… Lembro-me de um conto com o qual participaste de um concurso e levas-te menção honrosa (injusta, na minha opinião, deveria ter faturado o primeiro lugar). Era sobre a origem de um mito, uma lenda… era bacana, mesmo.
Que fazes? Eu segui jornalismo, trabalho em tv… Olha eu aqui querendo usar o espaço de comentário do todoprosa pra
bater papo com um velho colega… Enfim, o que faríamos no trabalho se não existisse a internet e bobagens assim pra gente matar o tempo ocioso, né, não, camarada?
Abraços…
Gostaria de ver o Carlos Fuentes, o Vargas Llhosa, Isabel Allende, Harold Pinter, Aleksandr Soljenitsin.
Brasileiros, mais críticos, como Alfredo Bosi e Antonio Candido
Como tem literato queixoso nesse mundo. Então quer dizer que a Flip “não é literatura”? Jura? Acho bom mesmo que essa gente não vá. Ia estragar o gosto da festa, que é bastante agradável e divertida.
Javier Velasco.
Bobagens das bobagens, a gente ficar dando palpite na lista da Flip, sem que os organizadores tenham proposto um falso concurso que seja… Mas vou mandar um nome: Alejandro Jororowski. O cara é fera, escreve, faz teatro, é fissurado por palhaços e tem uma verve que só ele…
Carlo Giznburg e Umberto Eco.
Saint-Clair, se você se refere ao meu comentário, fique sabendo: não é trote não, falo sério!
Um baita escritor,catarinense,pouco conhecido do andar de cima da literatura (Rio-Sampa) que faz sucesso até na Argentina (talvez por isso a xenofobia entrópicalica), deveria ser lembrado.Trata-se de Marcio Camargo Costa.Deveriam conhecê-lo e sobretudo lê-lo.
EU, Juremir Machado da Silva.Por que não? Sou genial e ainda por cima amigo do Houellebecq.
Pô, Juremir, foi você quem traduziu o Houellebecq com todos aqueles tus e vós. Não precisava me lembrar disso. :))
rstarik: eu estava falando de trote TELEFÔNICO.
Ah, Roberto R., deixa de ser ingênuo: o povo vai pra FLIP pra fumar maconha fora de casa (o que ainda costuma dar cadeia ou te obriga a meter a mão no bolso pra molhar a do PM nas grandes cidades), pra encher a cara e arranjar comidinha nova pra foder – o que menos está em pauta lá é a L/literatura (com e sem ‘l’ maiúsculo). Também não se deve subestimar o fator “vou à FLIP pra tirar onda de fodão e ficar bem na foto”. Claro que a Literatura só interessa a meia dúzia de gatos pingados, às aberrações. O resto das pessoas, as “normais”, vão à FLIP com o mesmo espírito que iriam à SPFW. É que nem ir à Bienal aqui no Rio: você achava mesmo que aquele bando de pessoas que passa com as sacolas cheias vão ler o que está dentro delas? É só moda, filho: já tá todo mundo no piloto automático, perfeitos robozinhos adestrados. Na FLIP é igual.
Aliás, proponho um teste aos ilustres membros da hoste de comentadores do TodoProsa: quantos de vocês, que foram a alguma das edições da FLIP, ouviu realmente um escritor falando sobre seu processo literário, sobre sua concepção de Literatura, sobre sua formação literária, etc.? A grande maioria (desculpe a redundância, mas ela faz-se necessária) vai lá pra opiniar sobre o Oriente Médio, sobre o Lula e o mensalão, sobre o Bush Malvadinho, sobre o preço do feijão, sobre o gosto da coca-cola, sobre a falta crônica de incentivo$ a que todo escritor tupiniquim está sujeito, e por aí vai. A PORRA DA LITERATURA, essa velha prostituta miserável e senil, cega de um olho e com vários dentes a menos, não é sequer lembrada. Me desculpem a brusquidão, mas quem tá realmente fazendo Literatura fica em casa escrevendo.
Eu queria aproveitar e dizer que, além da minha queridíssima Elvira Vigna, outro que eu acho que é presença indispensável em qualquer evento literário no Brasil (e fora dele) é o incrível e brilhante Daniel Pellizzari.
menos os nordestinos, cujo romance de 30 foi muito mais importante do que todos os modernistas juntos. zé lins, graciliano, jorge de lima – o de “invenção de orfeu” – jorge amado, ascenso ferreira, gilberto freyre…
Sugiro o escritor armênio – mas nascido na Romênia – Bragodan Nerfansian. Em agosto ele entra no seu cio anual, e estará disponível para todas as moçoilas necessitadas que vão a Paraty. Ele se dispõe a comê-las em troca de haxixe. Entenda-se: elas é que vão ter de dar haxixe para ele, se quiserem ser pastadas.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Oi Armando. O conto foi “Uma prece para Samalaobo e Gegunzé” e só não ganhei o primeiro lugar porque quem ganhou era queridinho do organizador. Duas jornalistas de Sampa botaram a boca no trombone denunciando a palhaçada, mas não deu em nada. De resto, bem, de resto… anota meu email aí: tmoricz@hotmail.com
Detesto dar email em público, mas não há outra maneira de nos falarmos melhor.
Sérgio, posso pedir um favor? Se possível delete esse comentário no Domingo à noite, dá? Obrigadão.
rsrsrsrsrsrsrsrsrs
Este negócio de eventos, congressos… Geralmente ninguém presta atenção em nada mesmo a respeito da pauta. Fica todo o mundo adolescente de novo e, no mínimo, ficam “azarando” (ainda se usa isto?)
E quando o evento é em Hotel? Foi a partir daí que se inventou o tal do “ficante”.
Poucos sabem da etimologia do verbo “ficar”. Foi inventado em um congresso de sommeliers quando um dos participantes disse que tinha “ficado” com a mulher do organizador.
Um amigo seu respondeu que tinha “ficado” com uma das participantes da mesa quando chegou a Clotilde Matarazzo confessando que “ficou”com um dos seguranças.
Mudando radicalmente de assunto. Passei na Siciliano e procurei os livros do Sérgio e do Marcelo.
O Marcelo não apareceu nada.
Os do Sérgio estão no catálogo mas não tem para vender.
É uma honra não estar na Siciliano, cá entre nós. Mas tem que ter pois tem várias pela cidade.
Alguém já citou o Isaias Pessoti? Acho que o autor de Aqueles caes malditos de Arquelau, A Lua da Verdade e O Manuscrito de Mediavila deveria participar.
Clarice,
Puxa, quer dizer que a etimologia da palavra é por ai? Num congresso de sommeliers? Onde, Clarice? Quando, Clarice?
E a Clotilde Matarazzo ajudou na fixação do termo ao dar pro segurança?
Puxa, Clarice, que coisa, hein?
Cezar,
Foi em 1991 no Hotel Glória aqui no Rio.
Pelo amor de Deus. Não espalha senão a Clotilde me mata.
Clarice, sei que tem na Argumento, na Travessa e na Letras e Expressoes…
Clarice, mas é um absurdo. Pior é o que acontece com o romance “A mão que cria”, do querido Octavio Aragão – um cara super gente boa e excelente escritor. Trata-se de um romance de Ficção Científica steampunk (não vou explicar o que é “steampunk”, procurem no Deus Google), que nem sequer consta no sistema da Siciliano. Pra Siciliano, Octavio Aragão e seu romance nem existem. Tudo bem, a Siciliano pode não ser a mega rede mais charmosa do universo, mas é uma das maiores do Brasil, né? Fiquei puto com isso! O romance do Octavio foi e é elogiadíssimo. É foda ver o descaso.
Aproveitando o barco – ou, mais adequado ao caso, a nave espacial -, gostaria de perguntar: por que não se convidam escritores de Ficção Científica brasileiros pra participar da FLIP? Temos grandes autores, que não ficam a dever a nenhum americano (a única diferença é que a FC lá na Amérika tem mais tradição, mais gente escrevendo, um público leitor mais vasto). Vou só citar alguns: André Carneiro, Bráulio Tavares, Jorge Luiz Calife, Gerson Lodi Ribeiro, Carlos Orsi, Octavio Aragão… ai, espero não estar esquecendo ninguém, e sei que estou: como é mesmo o nome daquele moço que escreveu o maravilhoso “A mãe do sonho”? É, ele também. Tanta gente…
Mas o que dizer de um país em que a sua maior editora olha com desdém pra esse gênero literário importantíssimo? É, isso mesmo, estou falando da Companhia das Letras. Ainda temos muito que crescer, crianças… Muito mesmo. E eu acho que nem vou estar mais vivo quando isso acontecer. Pena, queria ver o país cheio de escritores lidos, reconhecidos, celebrados, em todos os gêneros literários. Triste Bahia, já dizia o Boca do Inferno: e eu amplio: Triste Brasil…
Cormac McCarthy e Marcelo Mirisola
Vendo fusca 76, azul, novinho em folha. Não ter ar condicionado, não tem direção elétrica nem vidros elétricos, mas as rodas são de liga-leve.
Interessados podem ligar para 18-9899-9999. Falar Zé José.
Daqui, voto em Antonio Torres, Antonio Carlos Vianna, Domingos Pelegrini, João Gilberto Noll e Ricardo Kelmer (autor do excelente livro de contos “Guia prático de sobrevivência para o final dos tempos”, injustamente pouco conhecido).
De fora, Mia Couto. Mas se houvesse espaço para outro autor de romances policiais, minha dica seria o sueco Henning Mankell (que por acaso é vizinho do Mia Couto, em Maputo).
Saint-Clair s/ FLIP falou tudo. Cartas marcadas. Mesmo assim dos brasileiros sugiro os que passam ao largo da grande mídia. Bruna Beber, Angélica Freitas, poetas sim por que não?,André Leones, Maira Parula, Ana Maria Gonçalves. Para incendiar o bolo Marcelo Mirisola e Alexandre Soares Silva.
A Ana Paula Maia é outra ótima pedida. Ela está prestes a lançar seu segundo livro. Vamos ver se dá sorte de se destacar mais…
Andei lendo que os preços da hospedagem em Paraty, em alguns casos, tiveram aumento de 100% em relação ao ano passado. Pode ser que seja para ti, para mim é que não é.
Nossa! A lista é infinita! Quiçá infindável. E o pessoal está tao empolgado que (eu também estou empolgado lendo esta lista) que passei aqui neste nomingo, 18:32, abdiquei dos minutos preciosos com a esposa e filho, só para espiar para que rumo estava indo esta Maria Fumaça, Maria Louca de indicados ao “oscar” constar na lista dos mais, mais da Flip 2007.
Legal. consta 132 comentarios! Se nao bateu record, está entre os finalistas!
Alguns até deram, em público, e-mail´s e tel. WAAAL como dia Paulo Fracis!
E aqui deixo mais um protesto: que a flip seja itinerante! Povo das Florestas tambem quer ver, …ler livros e autores .
Ah, que isso Tibor! Os cubanos (e as cubanas também) são lindos! Deve ser divertido fazer Turismo Sexual em Cuba… sem contar que deve ser barato também. HAHAHAHAHAHAHA.
Obviamente, o escritor carioca Antonio Fernando Borges, autor do maravilhoso “Braz, Quincas & Cia.”, não pode ficar de fora da Flip deste ano.
Pelo jeito vai ter que ser criado o “Flipinho”. Uma tenda em Parati de 10 m² para a gente ir lá ouvir os peixinhos.
Alguém topa?
Pode levar vara de pescar?
Bruna Surfistinha!!!
Tibor,
Leva o arpão para os peixões e deixa os peixinhos em paz.
Uááá! Se a Bruna Surfistinha vai a Danuza Leão tem de ir também.
Oba, a bruna surfistinha vai? Então vou com a vara na mão!
Então aproveita e pesca a Fernanda Young. Ela também vai. rsrsrsrs
Haruki Murakami. Ele poderia me fazer ir até lá.
se a Bruna Surfistinha vai e a Fernanda Young também, o Santiago Nazarian não pode deixar de ir!!!
Que maldade, Muito bom senso: o Santiago Nazariam é MUITO melhor escritor do que a Fernanda Young. A Fernanda Young é PÉSSIMA. Li uma vez uma obra dela – “Vergonha dos pés” – e acho que foi nesse momento que despertou dentro de mim o revisor que carrego até hoje: eu queria reescrever o livro todo! Aquela mulher não sabe o que é rasgar e jogar fora. Ela simplesmente botou TUDO que escreveu dentro do livro, sem cortar uma vírgula. Que imbecil!
Uma outra que podia ser convidada a participar é a Adriana Lisboa. Mas, pelo que sei, ela está morando em Denver… Enfim, acho que nada assim tão impossível que ela não possa dar um pulinho aqui. Que escritora brilhante! Tenho vontade de chorar de felicidade toda vez que leio um dos seus livros.
O Santiago já foi (na primeira Flip) e a Adriana também.
Acho que a nova investida da justiça contra livros – no caso, a biografia do Roberto Carlos escrita pelo Paulo César de Araújo – merece que o tema seja discutido na Flip, na Bienal, onde for. Estamos diante de uma questão muito séria. Até que ponto pessoas públicas, que construíram suas vidas e carreiras com grande exposição na mídia, podem impedir a circulação de livros?
abs.
Moutinho: então eu acho que eles deviam convidar o Saint-Clair Stockler.
Ele (o Saint-Clair Stockler) tem um livro “publicado” na Internet. Chama-se “Dias estranhos” e pode ser lido no seguinte endereço:
http://diasestranhos.livejournal.com
Em tempos de e-literatura, acho que é suficiente pra um convite (sem contar a qualidade literária evidente da obra, blá, blá, blá).
Saint Clair: que Santiago Nazarian é melhor que Fernanda Young não discuto, mas não acho que seja um bom escritor, muito pelo contrário. E, convenhamos, uma coisa ele tem em comum com a Fernanda Young: o pendor marketológico e uma irritante pose (pretensamente) polêmica.
Que mal escrito! Melhor assim:
Saint Clair: que Santiago Nazarian é melhor que Fernanda Young não discuto; mas não acho que seja um bom escritor, muito pelo contrário. E, convenhamos, uma coisa eles têm em comum: o pendor marketológico e uma irritante pose (pretensamente) polêmica.
“Quem não pode faltar na Flip?”
Eu! É óbvio!!
Nossa! Mas ainda se discute aqui?
Saint-Clair!!!!!!!!!
Você conseguiu ler um livro da Fernanda Young?
Você é masoquista?
A observação do Molica me parece válida.
Bom senso: eu discordo um pouquinho de você. Os livros do Nazarian têm uma qualidade literária inegável, o que já não vejo na Fernanda Young. Os livros dela são PÉSSIMOS. Voltando ao Nazarian: o seu “Feriado de mim mesmo”, por exemplo, é um livro muitíssimo bem-construído (a Fernanda Young não sabe construir uma casinha de Lego), muito bem-sacado. Não é uma literatura com grandes mergulhos literários, mas não faz vergonha a ninguém. Eu, por exemplo, gosto muito dos livros dele.
Também na questão do marketing pessoal, vejo uma diferença entre Nazarian e Young. Ele parte dos livros, que têm sua qualidade, como já disse, e “brinca” com todo o resto (sua biografia, o fato de ser gay, o fato de ter um montão de tattoos, o fato de ter feito body art, etc.). A Fernanda Young, não: ela realmente leva sua (pra mim, patética) vida muito a sério, e a usa como propaganda pros livros, que são uma merda. São duas posturas na “contramão”, digamos. Qualquer pessoa que leia o blog do Nazarian, ou que converse com ele, vai perceber que ele é um tremendo de um sacana, um brincalhão. A Fernanda Young é uma pretensiosa (quer coisa mais pretensiosa do que ter um programa que se chama “Irritando Fernanda Young”?).
Clarice: infelizmente, sim, eu li um livro da Fernanda Young inteiro. Eu queria só saber até aonde iria a audácia dessa mulher. Infelizmente, a audácia dela foi até a última linha. Jurei pra mim mesmo nunca mais pegar em nada do que ela escreva, nem se for um mísero bilhete. Paciência tem limite.
Bom é que você pode falar mal com maior conhecimento de causa. Eu li na livradia o iníciode um livro dela e não me interessei.
Você já reparou que o canal GNT tem um monte de pessoas metidas a serem aquilo que não são. Não chegam nem à aspirante.
Pretenciosa? Não elogia tanto assim a moça que acho que ela não merece
O marido dela é quem deveria dar uns toques né não?
“-Bem, acaba com este programa que você está enriquecendo o mico.”
Mas tem os entrevistados que vão.
Outra aberração.
Enfim… a menina é articulada. Isto a gente não pode negar.
E tem público. E tem até gente para falar mal.
Esqueci o ponto de interrogação no “não são?”
Meu filho, você vem ou não? Já experimentei 4 vestidos, duas saias e nada combinou.
Acho que vou apelar pela calça mesmo. Mas vou de salto alto por que você tem 1m85. Fica muito desigual….
Alguém sabe se tem feirão de livros com descontos na FLIP?
Da Gringolândia, eu queria ver Zadie Smith,Cormac McCarthy, Thomas Pynchon, A.S. Byatt e Phillip Roth.
Fico esperando alguma resposta quanto ao feirão.
Clarice: fui! 😉
Eu reparei Saint-Clair.
Por um acaso tava lá também:o)
Gente, ele é charmoso!
Estou com 3 livros da Elvira Vigna. Comecei a ler um e estou amando.