A inspiração do artista e poeta austríaco Anatol Knotek, que pinta retratos – como o de Herman Hesse, à esquerda – com palavras manuscritas em vez de traços disputou uma vaga no Pop de Sexta com a suprema gratuidade de uma coleção online de biquínis que se parecem com capas de livros – como o da direita. Deu empate.
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Embora pop à beça e bom mesmo seja este mapa da Via Láctea com design inspirado no do metrô londrino. Pena que não se qualifique como propriamente literário.
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O escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder fez para o site do Instituto Moreira Salles um apanhado de vídeos interessantes disponíveis na web literária. Já havia feito o mesmo com textos.
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Este artigo (em inglês) de Barton Swain para o Weekly Standard, a propósito de um livro que busca ensinar regras de estilo para acadêmicos, tem o grande mérito de mostrar – consolo duvidoso – que o problema não é só nosso: “Os acadêmicos modernos não são celebrados pela clareza e pela felicidade de seu texto”, escreve ele. “Uma das lições mais importantes que um estudante de pós-graduação pode aprender – e se não aprender logo, estará condenado – é que acadêmicos geralmente não escrevem livros e artigos com o propósito de expressar suas ideias com a maior clareza possível e em benefício de pessoas que ainda não os compreendam ou concordem com eles. Acadêmicos não escrevem para ser lidos; escrevem para ser publicados”.
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Esta história (muito bem contada, em espanhol, pelo jornal argentino “Página/12”) envolve um escritor supostamente sueco que lançou na Alemanha um livro policial – no qual assassina com requintes de crueldade o ex-chefe, um homem forte do jornalismo cultural alemão que todo mundo, entrando no jogo à clef, identificou na hora – e o também jornalista que desmascarou a farsa. Destaque para a frase final, quando vão perguntar à “vítima”, o editor de cultura do Frankfurter Allgemeiner Zeitung, o que achou da tramoia: “Não leio policiais suecos”, ele declara. Parece Roberto Bolaño, mas é uma reportagem.
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Que vergonha, Viçosa.
Um comentário
Como ex-aluno do Coluni e da UFV, endosso o que disse: “Que vergonha, Viçosa.”