Vai chegando ao fim a publicação, pela revista eletrônica Slate, do folhetim (a palavra se refere à publicação em série, não ao estilo) The Unbinding, de Walter Kirn, que estreou em março. Kirn é um autor com alguma estrada, embora pouco conhecido no Brasil, e merece uma visita – é grátis.
Não tanto pelo romance em si, ambientado num futuro próximo e montado como uma colagem de e-mails e trechos de diários eletrônicos, entre outros fragmentos. Confesso que não me interessou terrivelmente. Mas o modo como é apresentado, sim. Absolutamente legível, com navegação fácil entre os capítulos, possibilidade de escolher a cor do fundo entre preto e branco e outras boas sacadas.
A própria Slate – que é suspeita, claro – anuncia a iniciativa como a mais significativa desde que Stephen King “testou o meio no ano 2000, publicando um romance online chamado The Plant”. Não deu muito certo, como se sabe, mas isso teria ocorrido porque “os leitores foram prejudicados pelo acesso discado. Mas a supremacia da banda larga e o crescente conforto com a leitura online tornam possível a publicação de um romance como The Unbinding”, conclui a Slate.
Eu sei que estamos engatinhando nessa área. É muito provável que nossos netos riam disso tudo. Mas o fato de o melhor caminho para o romance online ainda ser desconhecido não significa que ele não exista.
2 Comentários
…perigoso, isso, não?!
a verdade: já estou investindo nisso há algum tempo… quem sabe ató o fim do ano..?
Mais cedo ou mais tarde, isso aconteceria. Não substituirá o cheirinho, de um livro novo; o prazer de folhear um livro usado, muito querido. Mas as novidades são bem-vindas e eu gosto muito delas.