É nisso que dá pedir a opinião do distinto público. Uma enquete online da revista especializada The Book Magazine para eleger o maior escritor britânico da atualidade terminou com JK Rowling, a criadora de Harry Potter (Rocco), disparada em primeiro lugar.
Dona Rowling teve o triplo da votação do segundo colocado, outro escritor que se dedica ao público juvenil: Terry Pratchett, da série de fantasia Discworld, lançada no Brasil pela Conrad.
Dá para imaginar a idade média dos votantes.
Só na terceira posição aparece um autor adulto, e que autor: Ian McEwan, do soberbo ?Reparação? (Companhia das Letras), romance que, para muito leitor cascudo por aí, é barbada para o título de grande obra-prima da literatura mundial nos últimos anos. (Tendo a concordar. Se bem que ?Desonra?, do Coetzee…)
25 Comentários
Lembrei-me de uma lista da Random House de romances de língua inglesa. Se não me engano, de um lado havia a escolha dos críticos e de outro a escolha do público. E, também se não me engano, “Ulisses” ganhava pelos críticos e “Atlas Shrugged” + “The Fountainhead” ganhava pelo público. Talvez a solução seria a Book Magazine agora convocar alguns críticos e propor a mesma enquete, contrapondo os resultados.
Talvez a solução seja admitir que essas listas de melhores são uma bobagem. E melhores com enquete aberta aos internautas é uma bobagem e meia.
Ese negócio de enquete é o mesmo que concurso de culinária, alguém pode, até, fazer um prato com jiló ou maxixe e alguém adorar, eu particularmente…odeio.
Mas fazendo um, outro, comparatívo, acho o Paulo Coelho um horror, nunca consegui ler nenhum livro dele mas, tem gente que o idolátra.
Portanto, se a maioria achou que a Rowling é a melhor…ela, é a melhor!
Quando é que a crítica vai entender que o bom autor é aquele que fala para as massas? Mordam-se de ódio…
Adorei!!!
Prefiro os livros de boulangerie do Olivier Anquier.
Quero crer que, a se levar em conta apenas os votos “adultos”, o McEwan viria mesmo em primeiro lugar. Eu adoro Harry Potter. Mas é evidente que a série não pode ser comparada com literatura “de verdade”, como “Reparação” e “Sábado”, dois McEwan imperdíveis.
As pessoas que mais usam internet são jovens. E eles são super passionais sobre Harry Potter e suas aventuras. Nunca li nenhum, mas meus filhos sempre devoraram os livros de Rowling. E olha que procurei comprar ganhadores do prêmio Hans Christian Andersen.
Não é o caso dos meus filhos, mas há inúmeros relatos de mães profundamente gratas à JK Rowland, por ter feito os filhos finalmente pegarem um livro para ler com atenção e fascinação.
Não entendi a ironia que você fez à idade dos leitores. Tenho 37 anos e aprecio muito a série Harry Potter, mutio boa por sinal. Pelo jeito que escreveu, provavelemente você nem leu os 6 livros. É muito comum os adultos terem uma incorreta idéia formada sobre algo que os jovens gostam, e assim, no caso, não lêem a série. Eu recomendo que leiam. principalmente do 4 em diante. Não é porque a série é mais apreciada por um público juvenil do que adulto, que você precisa desqualificar J.K. Rowling. E não é a idade que importa, e sim o nível intelectual dos leitores.
Não desqualifico ninguém, Rodrigo. É ótimo que jovens – ou velhos – leiam Harry Potter. Mas o sujeito acreditar, mesmo adorando a série, que ela é o máximo a que se pode chegar na literatura é coisa de quem ainda não conhece o mundo direito. Uma limitação bem mais comum em jovens do que em adultos.
Ora bolas, enquanto isto, o Buck Mulligan, sobranceiro, fornido, com espelho e navalha, continua a fazer a barba.
…sinceramente? não precisei ler muito mais que cinco páginas esparsas do Harry Potter pra saber que aquilo é um engodo sem tamanho, nem desce pela garganta, é um similar de Paulo Coelho pra crianças, uns tijolinhos pra segurar o pé da mesa, se tanto.
a enquete prova de duas uma: ou que a máxima que alertava que o povo não sabe votar ainda vale, ou que só tem ‘pirralho’ (os intelectuais inclusive) na fatia de público que ela, a enquete, acabou mirando.
A JKR, caso dependa do aval crítico sério, jamais irá integrar qualquer antologia de literatura de alto nível. é best-seller cheio de chantilly, e se tem quem gosta, este(s) devem ao menos aceitar essa constatação óbvia.
eu adoro os filmes do Brian de Palma: mas sei que jamais poderiam competir com os do Angelopoulos em ‘valor cinematográfico’, por exemplo.
cada coisa em seu lugar.
…e, ao contrário da opinião do Sérgio Rodrigues, que tem uma coluna a zelar e não quer se indispor com seus comentaristas lançando fogo à lona, eu acho que faz mais mal ler coisas como Harry Potter do que não ler nada. Distorce, ‘malforma’, emburrece e acostuma a leitura à rasteirice elementar dessas “obras”.
Com certeza você leu as primeiras cinco páginas de ‘A Pedra Filosofal’, ‘writing ghosts’. Pegue Enigma do príncipe e veja o quão enganado está. Não a considero a melhor autora do mundo, mas não há como negar a qualidade da história. Você escreve:
“é best-seller cheio de chantilly, e se tem quem gosta, este(s) devem ao menos aceitar essa constatação óbvia.”
Você não leu mais do que cinco páginas e está falando sobre algo que não conhece!!!!! A imaturidade é tanta que seu comentário inteiro chega a ser cômico.
O distinto público, quase sempre, quando reunido, pensa como quem possui miolos fritos. Vox populi, vox Dei é uma das grandes bobagens já inventadas entre tantas as bobagens que entre nós vicejam. O senso comum, quase sempre, é uma idiotia. Portanto, pouca coisa que valha sai dos fazedores de enquetes.
Concordo com você Jorge Monsato. O senso comum, quase sempre, é uma idiota. Não se esqueça de incluir sua opinião nisso.
Ô Rodrigo, pára de jogar RPG e vai estudar.
rsrsrs – boa, Lessa!
…Rodrigo: o tempo, e ninguém melhor que ele, dirá quem tem razão. certo?
(Tolkien, por exemplo – pra ficar só no exemplo! – já por este foi consagrado)
pra constar: nada contra best-sellers. apenas que fiquem no revisteiro, como sempre.
Eu gosto das pesquisas para bisbilhotar e, algumas vzs, até concordam com a minha opinião(nem sempre). O melhor de tudo é viver num mundo onde vc. pode escolher o que mais gosta de ler, comer, fazer. Apesar de não gostar de certos livros, acho válida a opinião do Rodrigo. Continue assim, meu filho, busque o que lhe dá prazer; o resto, vale como instrumento, para firmar suas convicções.
Quem só pensa no prazerzinho imediato nunca passa da cocacola e da balasoft…
Sérgio, sugiro um termo para “A palavra é…”: discussão. Discutir não significa mais “trocar idéias”? Será que toda discussão, ainda que na caixa de comentários de um blog, tem que vir necessariamente acompanhada de agressões, ironias malvadas e da depreciação da opinião alheia?
Sei que o papo saiu dos trilhos não importa. Tudo é muito relativo, sendo assim, melhor relaxar:
” O critério inconsciente do instinto é o guia da adaptação. O esforço da vida humana é a seleção do agradável. O agradável é essencialmente vital; se é às vzs. fumesto, é pq. o instinto pode ser atraiçoado pelas ilusões.”
(Raul Pompéia-O Ateneu)
Por acaso o santo nome de Terry Pratchett foi clamado em vão?Ele é um dos meus autores mais queridos e embora superficialmente pareça literartura juvenil não o é.Divirto-me horas com seus livros encontrando referencias que passeiam por Ingmar bergman tom jerry e toda a cultura em geral.
McEwan, Roth e Coetzee são os melhores escritores em língua inglesa desses tempos difíceis. Comparar McEwan com Rowling é até sem graça. A moça tem seus méritos, mas são dois mundos diferentes (literalmente, quando pensamos em Hogwarts).
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