Quem gosta de estar em dia com o pulso das discussões literárias deve ir correndo comprar “O livro de Praga” (Companhia das Letras, R$ 37,50), a aguardada contribuição de Sérgio Sant’Anna à coleção Amores Expressos. Ali aos sussurros, acolá aos gritos, a polêmica vem dominando a semana nos meios letrados brasileiros: o livro é muito bom, muito ruim ou mais ou menos? Por enquanto, fica o registro do zunzum em torno de um dos escritores brasileiros mais respeitados por seus pares. Comecei a leitura ontem à noite e, como ainda estou no terceiro de sete episódios – quase contos autônomos, quase capítulos de um romance – a hora é de guardar silêncio.
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Uma tradução para o inglês do conto “Sargento Garcia”, de Caio Fernando Abreu, aparece no número de junho da revista eletrônica Words Without Borders, bíblia americana do que se poderia chamar de world literature. O tema da edição é ficção gay.
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No post anterior, sobre a maioridade dos blogs literários, faltou mencionar um jeito de, num clique só, ter uma vista panorâmica do que rola em parte significativa dessa província virtual: o capítulo Literatura do site agregador as últimas. É verdade que, contrariando seu nome, ele anda defasado no cardápio de endereços relevantes, mas ainda vale a visita.
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“Sou um ESCRITOR, seus monstros! Eu CRIO!”, espuma Barton Fink cercado de marinheiros hostis. Há quem diga que os irmãos Coen imaginaram os rapazes de branco como símbolo do vasto mundo não-leitor. Para outros, são críticos literários disfarçados. O que você acha?
httpv://www.youtube.com/watch?v=ogQpie4JA9o
Um comentário
Eu, fã confesso do Sérgio Sant’Anna (li a obra completa, alguns livros várias vezes), vi no novo livro dele muito pastiche-de-si-mesmo.