Acendam uma vela por Jacqueline Howett, autora autopublicada e autodestruída em público, numa das histórias mais pungentes – e, para bom entendedor, didáticas – que a selva cheia de novos perigos da internet já propiciou nos domínios da literatura. Os personagens principais do caso são praticamente anônimos. Ou eram anônimos até poucos dias atrás, quando começou a guerra internética que se espalhou feito um vírus de gripe suína pela blogosfera literária de língua inglesa. Jacqueline Howett, nascida em Londres e radicada nos EUA, autopublicou no Kindle um romance chamado The Greek seaman. BigAl, blogueiro de literatura, fez uma resenha do livro em que lamenta os inúmeros erros sintáticos e ortográficos que atravancam a leitura, cotando-o em duas estrelas. Até aí, tudo normal. O problema é que a autora começou a bater boca com o crítico na caixa de comentários. Qualquer pessoa que já tenha acompanhado um desses acalorados “debates” online – e haverá alguém que não, a esta altura do furdunço virtual? – sabe como eles, por alguma razão que parece ter a ver com a própria atmosfera do meio, tendem a degenerar rapidamente num espetáculo muito, muito feio. Quem estiver interessado nas minúcias do vale-tudo pode ler aqui, em…