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Nareba quer ir a Frankfurt
Sobrescritos / 05/08/2011

A lenda da blogosfera literária nacional Lúcio Nareba está em liberdade desde o último indulto de Cosme e Damião, tendo cumprido, conforme a lei, um vigésimo da pena a que foi condenado pelo assassinato da editora Bia Escarpin (ao lado, no flagrante de Gilmar Fraga). A imprensa tradicional não deu destaque à libertação, mas os fãs têm sido fiéis ao velho mito e se cotizam para pagar os dois engradados diários de cerveja em que o fundador do radical narebismo se embebe, além dos cigarros que fuma sem parar pelos ouvidos e do Blackberry lilás em que cutuca nanocontos de três palavras o dia inteiro, produzindo um a cada quinze ou dezoito horas. E de repente isso já não basta. O homem Lúcio sente que alguma coisa nele, profunda e visceral, foi transformada pela cadeia. Começa a lhe parecer pouco desfrutar da glória de sempre, ainda que imensa, em seu próprio círculo literário. Nareba quer crescer como artista, ganhar o mundo. No começo fica meio confuso, mas, num esforço final notável, seus neurônios desenham a ideia mágica: Frankfurt 2013! É urgente que o traduzam para o alemão! Ora, ter uma ideia dessas deveria bastar por si só. Lúcio Nareba em…

‘Todoprosa’, 5 anos: a internet já cumpriu sua promessa
Vida literária / 30/05/2011

Antes que acabe maio, mês de aniversário do Todoprosa, faça-se o registro: este espaço de discussão de literatura acaba de completar cinco anos. Desde sua estreia no extinto site “NoMínimo”, no início de maio de 2006, foram 1.253 posts, todos ainda acessíveis, e um número de comentários arquivados – 24.312 – que deveria ser maior, não fosse a perda de memória de seis ou sete meses ocorrida numa das migrações de servidor, em 2008. Muita coisa mudou em cinco anos na paisagem da blogosfera literária. As caixas de comentários, por exemplo, que chegaram a ser transformadas pela turma da literatura em salas de chat animadas – e muitas vezes até perigosas, com garrafas e ferros de passar riscando o ar – perderam importância com a ascensão das redes sociais. Hoje a repercussão de um post é medida muito mais por meio do Twitter e do Facebook. Mas a mudança mais significativa se deu no próprio formato: blogs que, como este, baseiam seu cardápio em informação e num tipo de opinião mais analítica que idiossincrática eram raridade em 2006. De lá para cá, o processo que talvez se possa chamar de profissionalização – embora ainda inclua franco-atiradores de comovente amadorismo –…