Você já ouviu falar de The clock, o filme (ou vídeo-instalação?) de Christian Marclay que faz uma colagem em ordem cronológica, com 24 horas de duração, de cenas de filmes em que aparecem relógios? Uma boa apresentação é esta crítica da escritora Zadie Smith para “The New York Review of Books”, que, além de ridiculamente bem escrita, é de uma empolgação inédita no jornalismo cultural dos últimos 30 ou 40 anos: ela diz que The clock é “sublime, talvez o melhor filme que você já viu”. O pessoal do blog de livros do “Guardian” também deve ter se apaixonado, porque está pedindo ajuda aos leitores para repetir o esquema no mundo das letras, com retalhos literários no lugar dos cinematográficos. Será que alguém com tempo à beça de sobra se habilita? * “As feiras de livro estão mais para feira do que para livro, e para os que têm medo do mundo digital, dos livros eletrônicos, eu sugiro: assustem-se primeiro com os grandes eventos, como os que acontecem aqui [em Londres] e em Frankfurt. Preocupem-se se ainda haverá boa literatura com tanta competição e sem o necessário tempo para se escrever, ler e editar.” Falando só por mim, claro, esse…