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O suplemento literário do ‘Wall Street Journal’ e outras bizarrices
Pelo mundo / 10/09/2010

A notícia de que o tradicional jornal econômico americano “The Wall Street Journal” vai lançar dentro de poucas semanas um suplemento literário, publicada ontem no “New York Times” (acesso livre aqui, mediante cadastro), pode ser lida como a exceção meio bizarra que confirma uma regra ou, quem sabe, como um indício de que o apocalipse do jornalismo tradicional de literatura foi apregoado com alguma precipitação. Se considerarmos que um movimento semelhante foi feito em março deste ano no âmbito doméstico pelo “Estado de S. Paulo” ao lançar o caderno Sabático, a segunda opção parece ganhar força. Mas convém não esquecer que, pelo menos desde o início de 2007, o alarme vem sendo disparado por escritores e editores no mercado dos EUA, sempre com excelentes razões: um jornal após o outro passou a extinguir seus cadernos de resenhas, a ponto de hoje, segundo o NYT, só restarem ele próprio e o “San Francisco Chronicle” como jornalões que ainda resistem a fundir a crítica literária à geleia geral da cobertura de assuntos culturais. Por aqui, uma perda recentíssima é a do tradicional Ideias do “Jornal do Brasil”, com a diferença de que não houve nesse caso uma decisão editorial: o caderno afundou…