Eu vi as melhores cabeças da minha geração destruídas pela concisão, pela conectividade excessiva, emocionalmente famintas de atenção, arrastando-se por comunidades virtuais às três da manhã em meio a pizza velha e sonhos negligenciados, à procura de um raivoso sentido, qualquer sentido, antenados que usam o mesmo boné ansiando pela aprovação conjunta e cética do dínamo holográfico projetado na tecnologia da era, que feridos e atordoados por conexões ruins e recessão ficaram acordados até tarde microconversando na escuridão sobrenatural de cafés com wi-fi liberado… E por aí vai. O texto inteiro (em inglês) está aqui. Essa paródia do poema “Uivo”, obra-prima de Allen Ginsberg, é assinada por Oyl Miller e leva o título de “Tweet”. Saiu na revista eletrônica McSweeney. Achei o texto brilhante, ao mesmo tempo engraçado e lúgubre. Qualquer um que já tenha visto as horas – e horas e horas – escorrerem entre os dedos no Twitter entenderá o que Miller quer dizer.