Por Raissa Pascoal A mesa Cidade e Democracia abriu o quarto dia da Flip com uma discussão longa, com pontos interessantes, mas que perdeu em dinâmica e conteúdo pela falta de habilidade do mediador Guilherme Wisnik na condução da discussão entre o escritor indiano Suketu Mehta e o antropólogo brasileiro Roberto DaMatta. A partir do livro Bombaim: Cidade Máxima, de Mehta, lançado no país pela Companhia das Letras em 2011, a conversa abordou pontos como o nascimento das grandes metrópoles, suas transformações e as semelhanças entre as favelas do Rio de Janeiro e de Bombaim, hoje chamada de Mumbai. Apesar de promissores, alguns tópicos deixaram de ser desenvolvidos a contento, e o mediador, que poderia incitar os autores a falar, não o fez. Durante uma hora e 20 minutos, tempo que durou a mesa, Wisnik só lançou três perguntas aos convidados. Em lugar de promover um debate, ele deu espaço para que Mehta e DaMatta falassem longamente e sem destino – a conversa não tinha um norte. Parte do tempo também foi destinado à apresentação de músicas sobre grandes metrópoles, como a canção This is Bombay, My Love, da Bollywood da década de 1950, e New York, New York, clássico na voz de Frank Sinatra….