Em clima de feriado, o Todoprosa entra firme numa discussão de vital importância tanto para a compreensão do passado quanto para o bom desenvolvimento futuro das letras universais: se você é um escritor, é melhor ter em casa a companhia de um gato ou de um cachorro? No blog de livros da revista “New Yorker”, Elizabeth Minkel dá os links de dois ótimos acervos visuais de escribas com inclinação canina e felina: um fotolog chamado Writers and kitties (Escritores e bichanos), que compila imagens de qualidade variada e de onde saiu o fantástico autorretrato de Julio Cortázar aí ao lado, e o trabalho autoral de Jill Krementz sobre escritores e seus cães. No entanto, percebe-se logo que a parte informativa do post de Minkel soa como pretexto e que suas intenções são proselitistas: ela defende a incontestável superioridade dos gatos como animais de estimação em casas literárias, usando o velho argumento de que felinos combinam mais com pessoas solitárias e ensimesmadas – como são sem dúvida os escritores, pelo menos enquanto estão escrevendo. Pode ser, pode não ser. Entre gatos e cachorros, eu fico em cima do muro. E não porque seja um agente duplo como Stephen King, que aparece…