Correndo para pegar daqui a pouco o vôo para São Paulo, onde lanço hoje à noite o “Sobrescritos” na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, publico alguns links que, mesmo mal passados, espero serem capazes de preencher a cota diária de todoprosismo dos mais inveterados todoprosistas:
1. Em sua coluna (em inglês) sobre questões éticas da vida moderna no “New York Times”, Randy Cohen considera perfeitamente legítimo baixar de graça a versão digital de um livro se você já pagou por um exemplar de papel: “É como comprar um CD e depois copiá-lo para o seu iPod”. Pirateadores contumazes vão achar ridículo. Vindo de onde vem, significa muito.
2. “Quis o acaso, por exemplo, que Martin Amis, Paul Auster, Bret Easton Ellis e J. G. Ballard tivessem personagens de seus livros interpretados pelo canastrão James Spader.” Falando do livro “Da literatura para o cinema”, de Julio Alfradique e Carla Lima, Almir de Freitas cata pepitas de informação na fronteira entre duas artes que nunca deixaram de namorar – embora vivam adiando o casamento.
3. E, para completar, uma pitada de autopromoção: falando do “Sobrescritos” no Digestivo Cultural, Julio Daio Borges considera-o “um dos melhores livros de contos dos últimos tempos e forte candidato e ‘melhor livro de contos do ano’ (ainda que estejamos só no fim do primeiro trimestre)”.
11 Comentários
Parabéns, Sérgio pelas palavras do Julio! Fui no lançamento do Sobrescritos aqui no RJ, representando os excretores, e incentivo os paulistas a irem. Gostei muito dos contos, li o livro rápido como suas histórias.
Sobre o número 1, concordo. Tenho mais de 300 LP´s. Eu comprei, paguei, o autor recebeu sua parte. Só que meu toca-discos não funciona mais. Tenho que pagar de novo para ter um CD ? E quando decidirem que CD é obsoleto, tenho que pagar mais uma vez para baixar um arquivo digital ?
É a “cópia de segurança”! concordo com Cohen.
O ano apenas começou.
Quem escrever um livro de contos no twitter fara sucesso.
Mae Dináh diz. 2010 ano dos minicontos!
assim falava Taratuta.
Ainda bem que avisaram sobre seu livro ser o melhor do ano em contos. Vou deixar o meu para o próximo ano. Sobre as cópias de segurança, são justíssimas. Em geral, faço isso com dvds. Com livros não ainda, porque os prefiro em papel mesmo. Mas, se perder (emprestar – dá no mesmo) algum livro raro e caro, terei que baixar uma cópia.
Sérgio, viu o texto do Paulo Polzonoff sobre o seu livro no blog dele? Dá mais vontade de ler o “sobrescritos”.
Vi sim, Clelio. Espero que a avaliação generosa do Paulo, que é meu amigo mas é famoso como um leitor difícil de agradar, estimule você a ler o “Sobrescritos”. A propósito, a editora me informa que as livrarias de Curitiba já estão com o livro. Um abraço.
OFF TOPIC:
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12928
Concordo com Cohen: acesso à versão digital, erratas, atualizações e todo o material que editor e escritor posteriormente disponibilizarem. Algumas dessas ‘features’ seriam cobradas. Vejamos a versão impressa (e o ebook estático, cópia digital do impresso) como ‘default’ no mesmo sentido de configuração default em qq software. Assim, todos ganhariamos (leitores, escritores, editores, livreiros) se o livro fosse encarado mais como serviço do que como produto. Seria processável e dinâmico, o que inclusive dificultaria a pirataria.
O quê? James Spader canastrão? O Almir de Freitas talvez entenda de literatura, mas sabe nada de atuação em cinema.
As lentas livrarias daqui perderam de vender um livro (ou, mais um curitibano sortudo terá a chance de comprar), pois acabei de comprar o livro no Rio. E acabei de ler também. Impressiona mesmo como a junção de todos os “sobrescritos” no livro tem uma unidade nunca imaginada quando de sua leitura por aqui. E a ironia que perpassa e quase une todos os textos fica ainda mai evidente e cativante. Dá pra se dizer que apesar do tamanho diminuto (simpaticíssimo no formato) é mesmo um livraço! Que se lê numa “sentada”. Que venham os seus próximos livros…
Obrigado, Clelio. Fico feliz que tenha gostado, mesmo já conhecendo muitas das histórias. Um abraço.