Conhece essas ilustrações de 1919, do inglês Harry Clarke, para os contos de mistério de Edgar Allan Poe? Eu não conhecia. Coisa finíssima.
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Hoje, dez da manhã, quando se abriram os portões virtuais, tudo correu com suavidade na compra de ingressos para a Flip no site Tickets for fun. Agora, passando do meio-dia, as entradas para a Tenda dos Autores estão esgotadas na maioria das mesas, o que era previsível, mas ainda não ouvi – por email, telefone ou redes sociais – nenhum sinal do choro e do ranger de dentes que em outras edições do evento eram parte da paisagem, diante de conexões que caíam no meio do processo de compra, informações desencontradas etc.. Sim, está certo que cobrar 20% de “taxa de conveniência” é extorsivo, mas isso não é exclusividade da Flip. No décimo aniversário da festa, a bagunça da venda de ingressos parece ser uma herança maldita que ficou definitivamente para trás.
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Você gostaria de viver para sempre? Tolinho. Um livro do filósofo Stephen Cave explica por que a imortalidade é uma daquelas ideias que parecem ótimas e na verdade são péssimas. Como champanhe no café da manhã.
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Furo de Raquel Cozer na “Ilustrada” de sábado (só para assinantes): Isa Pessoa lança este ano a editora Foz – ou “Fosh”, na representação que a repórter faz do carioquês carregado da ex-sócia da Objetiva – com um apetite declaramente maior do que o encontrado no mercado brasileiro pelo desbravamento das fronteiras digitais. A conferir.
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Puxa: depois do Mickey, que nunca enganou ninguém, descobrem que a “Paris Review” também era agente da CIA.
5 Comentários
Sérgio, se você queria ouvir reclamações da Flip, lá vai:
Há seis meses espero esse dia para comprar um ingresso na Tenda dos Autores na mesa do Vila-Matas. Há dois meses fiz o cadastro no site, juro, se houvesse filas físicas eu ia acampar pra conseguir ingresso pra essa mesa (li o livro do Zambra, que achei bom, e do Paulo Roberto Pires, que é o mediador da mesa!). Mas Vila-Matas é o único escritor vivo do mundo que eu realmente queria ver ao vivo.
Novidade. Não consegui comprar.
Era 9h45 e eu naquela ansiedade, tentando, deu 10h, tentei, advinha, não consegui. Deu um erro qualquer no site, que recusou meu cartão (que tem limite sobrando etc) e fiquei sem VILA-MATAS. Estou arrasado.
Desculpe, mas que merda hehehe
Guilherme, lamento saber disso. Foi o único caso de problema sério que ouvi até agora, mas é sério mesmo. Espero que você consiga comprar esse ingresso em Paraty, às vezes rola.
Arthur, você pulou justamente o tópico da imortalidade, bandeiroso…
Abraços.
Sim. Acho que vi no Ideafixa. Lindas mesmo.
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Teve uma hora que travou legal e eu gritei (desculpa o caps, mas eu, como disse, gritei) “AI MEU DEUS PERDI TUDO QUE TINHA COLOCADO NO CARRINHO”, assim, sem pontuação mesmo. Mas um minuto depois tudo voltou ao normal e minhas reservas permaneciam lá.
Sim, é uma taxa de conveniência extorsiva.
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Pulo
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Essa Raquel tem cada furo bom, né? Acho que ela deve escravizar uns 57 informantes no mundo inteiro…
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A conferir.
Abraços, Sérgio!
Também não tive boa experiência com a compra de ingressos da FLIP. O site simplesmente não apresentava as opções de tenda, não dava prosseguimento à compra a partir do ponto em que o cliente selecionava a mesa de seu interesse. Tentei várias vezes e, quando finalmente me decidi a usar o telefone, perto do meio dia, só consegui 4 mesas da Tenda dos Autores. Detalhe: espera de 50 minutos no telefone e, ao relatar a dificuldade à atendente, esta confirmou que tinham ocorrido falhas na visualização “devido à grande procura”.
Falando em links e aleatoriedades, a copa brasileira de literatura não rola nesse ano?