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O gato corteja o mico
Posts / 07/04/2007

Um dos mitos preferidos da grande indústria editorial é o do “próximo”. Nos últimos anos, andou na moda procurar o próximo “Harry Potter”, depois o próximo “Código da Vinci”. Agora parece ser a vez do próximo “Marley e eu”, best-seller canino que foi a grande surpresa do ano passado. É curioso observar que as temporadas de caça ao próximo não costumam render nada além de cópias pálidas – pálidas inclusive nas vendas – mas isso não revoga a corrida. Salvo os que seguem fórmulas estabelecidas como as dos livros de espionagem ou de tribunal, os verdadeiros fenômenos comerciais geralmente se afirmam a partir de um núcleo original e imprevisível, não como “próximos” de alguma linhagem. Mas quem se importa? O mito é mais forte. Só ele explica que um leilão pelos direitos de publicação da história de Dewey, um gato vadio adotado como mascote de uma biblioteca no interior do estado americano de Iowa, tenha terminado quando a Grand Central Publishing descarregou na mesa um caminhão com 1,25 milhão de dólares – notícia completa, em inglês,