Clique para visitar a página do escritor.
Violência simbólica, violência real
Posts / 23/04/2007

O escritor e roteirista argentino Marcelo Figueras especula em seu blog no site Boomeran(g), aqui e aqui, que o alarme despertado entre as autoridades escolares por seus textos “perturbadores” – na verdade, esquetezinhos toscos – pode ter contribuído para que Cho Seung-Hui, o atirador da Virgínia, se sentisse realmente um criminoso e completasse o caminho entre a violência simbólica e a real. Figueras, um cara sério, chega a chamar o assassino de “mártir da correção política”. E completa: “Se um Chuck Palahniuk de 23 anos apresentasse alguns capítulos de Fight Club (‘Clube da luta’) a seus professores, seria denunciado hoje perante as autoridades, espionado, vigiado – e talvez até detido, nestes tempos de Patriot Act que permitem encarcerar por obra e graça das razões de Estado”. Não costumo subestimar a vocação americana para paranóias do gênero, especialmente depois de uma tragédia tão brutal. Mas acho que o hermano pirou en la papita.