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Pequeno sertão
NoMínimo / 03/08/2007

— Mire veja: a senhora por demais não espera. Assunto pouco do meu querer. Informação que pergunto: passasse por aqui, deve de, um homem alto; sorridente, cidadoso? A senhora visse; visto? Homem como se alongado no entender das coisas, com ares de senhoroagem? A pois, a senhora diga: tendo ou não vendo, aonde foi? Para essas bandas ele mais que por onde veio; desconfio. A senhora tolere o meu perguntar; de susto, assusto. Careço de amarrar uma conversa, começada mais ele. Eu em só falava, ele demais ouvindo. Haveramente careço de encontrar esse um, dona. A senhora veja: dou perigo de vida matada, minha ou dele, se não emendar meu contado. Deus me tenha! Explico. A ele dei de narrar, eu em mim tudo dizendo, por mor de ele anotar, rabisco tisco, num caderninho, o risco da minha fala. Aí pois, empolguei. E tive uma decisão: por gosto do meu bem contar, e fisgar no buque-buque do enredo, achei por melhor esconder, lá dele, o principal da matéria. Apego fiz, no meu bom desfecho de trama; e omiti sabendomente. Resulta o quê? As coisas são como que foram. E digo: Quer mais? Aqui está. A deixa, que eu vinha esperando…