Outra boa notícia para quem se preocupa com o coeficiente literário do país (a semana está pródiga): a edição brasileira da “Granta” conseguiu manter sua promessa de semestralidade, feito digno de festa num mercado em que, quanto menor e mais sofisticado o público, mais tudo tende a virar devezenquandário – quando não a sumir de vez. Franquia da revista trimestral britânica que acaba de chegar ao número 101 e tem a reputação de ser uma das principais publicações literárias do mundo, a “Granta” brasileira, editada pela Alfaguara/Objetiva, estreou em novembro do ano passado com um número inteiramente traduzido do inglês, dedicado a escritores americanos com menos de 35 anos. O número 2 chega às prateleiras com o “preço sugerido” de R$ 36,90 – o que é mais uma boa notícia: o número de estréia era onze reais mais caro – e é o primeiro em que a revista põe em prática seu compromisso de misturar conteúdo traduzido (60%) e nacional (40%). Traz como tema as viagens, sob o título “Longe daqui”. Os primeiros brasileiros a saírem na “Granta” são os cineastas Cacá Diegues e Arnaldo Jabor, com relatos memorialísticos; os ficcionistas Ignácio de Loyola Brandão e Ricardo Lísias, com contos;…