Como se esperava, o livro digital é a grande estrela da Feira de Frankfurt – se não em vendas de direitos (o setor corresponde a apenas 1% do mercado livreiro dos Estados Unidos, país onde está mais avançado), pelo menos como centro das atenções do setor. É o que se conclui lendo a cobertura que o evento recebeu até agora. Com exceção do leilão pelos direitos de um livro que reunirá os apontamentos e diários que Nelson Mandela colecionou a vida inteira, a ser lançado ano que vem com o título “Conversas comigo mesmo”, nenhum livro propriamente dito tem rendido tantas notícias e comentários na internet quanto o futuro do livro digital. Os gigantes do setor contribuem para isso. A Amazon programou o lançamento internacional do Kindle para a véspera de Frankfurt – sobre isso, vale a pena ler a entrevista de Jeff Bezos na “Veja” desta semana. E o Google esperou a feira começar para anunciar a criação, ano que vem, do Google Editions, uma plataforma de venda de e-books no atacado com um número de títulos entre 400 mil e 600 mil (a Amazon tem hoje 330 mil). Em compensação, o Google levou um puxão de orelhas de…