Em um belo trabalho de Paulo Werneck e Raquel Cozer, a “Folha de S.Paulo” revela hoje a identidade do “jurado C”, que com suas notas esdrúxulas decidiu sozinho os três vencedores do prêmio Jabuti de romance. Trata-se, segundo o jornal, do crítico literário Rodrigo Gurgel, colaborador do jornal “Rascunho” e autor do recém-lançado “Muita retórica – pouca literatura” (Vide). A manipulação do resultado ocorrida na fase final, em que suas notas extremas transformaram em peças nulas as avaliações dos colegas de júri, não seria tudo. O jornal sustenta que o jurado – aparentemente determinado a explorar a polissemia da palavra – contrariou os juízos que ele próprio emitira na primeira fase do julgamento: o livro de Wilson Bueno ganhou dele média 8,67 na etapa eliminatória e 0,33 na final; o de Luciana Hidalgo caiu de 9 para 0,83. Em seu blog, está no ar neste momento uma entrevista em que Gurgel faz uma lista dos críticos literários que admira: “Samuel Johnson, Charles Moeller, Northrop Frye, Edmund Wilson, Lionel Trilling, Joseph Pearce e Marcel Reich-Ranicki. Entre os brasileiros, gosto de Álvaro Lins, Augusto Meyer, Lúcia Miguel-Pereira, Temístocles Linhares, Wilson Martins e, mais recentes, Alexandre Eulalio, João Alexandre Barbosa, Marisa Lajolo, Alcir…