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Índia em Frankfurt
Posts / 03/10/2006

O Babelia, suplemento cultural do jornal espanhol “El Pais”, preparou um interessante roteiro com dez links (em línguas diversas, mas sobretudo em inglês) sobre aspectos variados da literatura indiana. A Índia é o país homenageado este ano na Feira de Frankfurt, que começa amanhã e termina domingo. Cerca de 70 escritores indianos estarão na Alemanha vendendo o seu peixe....

Galera e a decadência da leitura
Posts / 02/10/2006

…as conversas sobre literatura, mesmo entre o público mais culto e esclarecido, raramente ultrapassam variações de diálogos do tipo “E aí, já leu o LIVRO X, do AUTOR Y?” “Claro, bom à beça. Gostei muito.” “Bacana, né? Agora já comecei o LIVRO Y, achei o início sensacional.” “De quem é esse mesmo?” &ld...

Começos inesquecíveis: Ernest Hemingway
Posts / 01/10/2006

Robert Cohn fora campeão de boxe na categoria dos pesos-médios em Princeton. Não pensem que esse título me impressione. Mas significava muito para Cohn. Os jabs em seqüência com que Ernest Hemingway (1899-1961) abre seu primeiro romance, “O sol também se levanta” (Bertrand Brasil, 2001, tradução de Berenice Xavier), são mais do que o começo de um livro...

João Gilberto Noll: ‘A máquina de ser’
Primeira mão / 30/09/2006

O escritor gaúcho João Gilberto Noll chega este ano à categoria dos sessentões tendo uma obra vasta e coerente para mostrar. Nela predominam os romances: “A fúria do corpo”, “Bandoleiros”, “Harmada”, “Berkeley em Bellagio” e outros. Essa predileção pelas narrativas longas – ou relativamente longas, pois a verborragia aqui não te...

Cala a boca, heideggeriano!
Posts / 29/09/2006

A história foge do terreno da ficção em que se concentram as obsessões do Todoprosa, mas reúne nomes de peso e um coquetel de política e filosofia que merece atenção: a supereditora francesa Gallimard acaba de suspender a publicação de um livro de filosofia chamado Heidegger à plus forte raison – notícia do “Le Monde”, em francês,...

Para calvinistas e não-calvinistas
Posts / 28/09/2006

FERNANDO ARRABAL, espanhol, vinte e sete anos, pequeno, cara de criança com uma barba que parece um colar e franjinha. Há anos vive em Paris. Escreveu peças teatrais que ninguém nunca quis encenar e também um romance publicado pela Julliard. Passa fome. Não conhece nenhum escritor espanhol e os odeia todos porque dizem que ele é um traidor e gostariam que fizesse realismo socialista e esc...

Pau no Capote
Posts / 27/09/2006

“Travessia de verão” é assustadoramente supertrabalhado, cheio daquelas metáforas improváveis que mais tarde Capote diria detestar. É impiedosa a crítica (em francês) que Josyane Savigneau assina no “Le Monde” sobre a tradução francesa do primeiro romance de Truman Capote – sim, tudo indica que se trata realmente do primeiro, embora o crít...

Hay, Segóvia, Parati
Posts / 26/09/2006

Em Segóvia há muito mais açougues que livrarias. Consomem-se mais leitões do que livros. Não há tradição de encontros literários, e muito menos existiam antecedentes de pagar para poder ouvir escritores falando de suas obras, seus gostos literários ou suas opiniões sobre literatura ou política. Segóvia não é Hay on Wye, a cidadezinha...

Julian, Arthur e George
Posts / 25/09/2006

No “Telegraph” deste fim de semana, Jasper Rees conversa com Julian Barnes sobre seu último livro, que, quem diria, é um relativo sucesso comercial na Inglaterra: “Arthur & George”, uma história de tribunal de leitura grudenta em que o advogado é ninguém menos que Arthur Conan Doyle, o criador do detetive Sherlock Holmes. Surpreendente, sem dúvida, mas não pel...

Começos inesquecíveis: Franz Kafka
Posts / 23/09/2006

Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado, viu que se transformara, em sua cama, numa espécie monstruosa de inseto. Eis o primeiro parágrafo de “A metamorfose” (Civilização Brasileira, tradução de Brenno Silveira, 5a edição, 1988), do escritor tcheco Franz Kafka (1883-1924). Sem comentários....

Alfaguara, o epílogo: Truman Capote e Will Self
Posts / 22/09/2006

Para fechar o capítulo do megalançamento brasileiro do selo espanhol Alfaguara (veja as duas últimas notas, sobre os livros de Mario Vargas Llosa e Cormac McCarthy), o Todoprosa destaca outros dois títulos no pacote de meia dúzia que está chegando às livrarias neste fim de semana: “Travessia de verão” (tradução de Fernanda Abreu, 143 páginas, R$ 31,...

Cormac McCarthy: ‘Onde os velhos não têm vez’
Primeira mão / 21/09/2006

É a primeira vez que a seção Primeira Mão aparece aqui dois dias seguidos, mas a ocasião justifica o exagero. No pacote de lançamento do selo Alfaguara no Brasil (veja a nota de ontem sobre o livro de Mario Vargas Llosa), chama atenção outro escritor de primeira grandeza, este, porém, de obra pouco conhecida entre nós: o americano Cormac McCarthy, 73 anos. Em maio des...

Mario Vargas Llosa: ‘Travessuras da menina má’
Primeira mão / 20/09/2006

O romance “Travessuras da menina má” (Alfaguara, tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht, 302 páginas, R$ 39,90), de Mario Vargas Llosa, saiu há cinco meses na Espanha e marca um momento especial na carreira do escritor peruano de 70 anos: sua obra completa começou a ser editada na mesma época e os rumores de que o Nobel de Literatura – que será anunciado mê...

Vila-Matas e o futuro do livro
Posts / 19/09/2006

Adivinhar o futuro do livro diante da suposta ameaça digital é como especular com o resultado que seu time favorito obterá no domingo. Você não tem como saber, não faz idéia e é melhor que não faça, porque se o seu time, por exemplo, vai perder de goleada, é inútil que você preveja isso, porque não poderá fazer nada por ele, nada para ...

Chávez lê, diz que lê – e manda os outros lerem
Posts / 18/09/2006

Já sabemos que George W. Bush posa de leitor de grandes livros para ficar bem na foto e que Lula, mais autêntico, não tem a menor intimidade com eles (veja abaixo a nota “O que lêem os presidentes”, de 23/8). Mas o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é diferente, garante um artigo (em inglês, mediante cadastro) assinado por Simon Romero no “New York Times” de ontem....

Começos inesquecíveis: Juan Rulfo
Posts / 17/09/2006

Vim a Comala porque me disseram que aqui vivia meu pai, um tal de Pedro Páramo. Um dia a dúvida tinha que aparecer nesta seção: será que o começo de “Pedro Páramo” (Record, 2004, tradução de Eric Nepomuceno), romance publicado em 1955 pelo mexicano Juan Rulfo (1917-1986), só é inesquecível porque o livro todo é? Ou existirá algu...

Genichiro Takahashi: ‘Sayonara, Gangsters’
Primeira mão / 16/09/2006

Até agora o único livro do japonês Genichiro Takahashi lançado nos Estados Unidos, e também o primeiro a chegar ao Brasil, “Sayonara, Gangsters” (Ediouro, tradução do japonês de Jefferson José Teixeira, 296 páginas, R$ 39,90) é um espanto. Engraçado e perturbador, satírico e ridículo, cínico e bobo, incongruente e brilhante...