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Pop de sexta: James Joyce, voz e violão
Pelo mundo / 25/05/2012

httpv://www.youtube.com/watch?v=43q-ZeMhFaQ&feature=related Ainda em clima de “Ulisses”, um vídeo em que a tradicional canção irlandesa “Lass of Aughrim” é interpretada por James Joyce e sua amada, Nora Barnacle – isto é, por Ewan McGregor e Susan Lynch nos papéis de Joyce e Nora. O longa-metragem de Pat Murphy do qual foi extraída a cena chama-se “Nora” e não é grande coisa: apesar de honesto, patina ...

Chegou a hora de ler ‘Ulisses’? Talvez, mas sem estresse
Mercado , Vida literária / 23/05/2012

Se você for um daqueles que contemplam a obra-prima de James Joyce a certa distância, com um misto de fascínio e pavor, sem jamais se animar a encarar suas muitas centenas de páginas, saiba que seu nome é legião. Talvez você tenha passado batido pela tradução pioneira de Antonio Houaiss (Civilização Brasileira, 1966) porque ela tem fama de erudita demais – “será que ele usa todas as palavras do dicionário dele?” – e...

Dalton Trevisan ganha o prêmio Camões
Vida literária / 21/05/2012

Genial, genioso e muito mais recluso do que Rubem Fonseca jamais sonhou ser, o contista curitibano Dalton Trevisan é o vencedor do 24º Prêmio Camões 2012, o mais importante da literatura de língua portuguesa. O vencedor do Camões – que também já premiou os brasileiros João Ubaldo Ribeiro, Ferreira Gullar e o próprio Rubem Fonseca, entre outros – recebe 100 mil euros, em torno de R$ 260 mil. Presidido pelo crítico brasilei...

Você decide: por que a literatura brasileira é assim?

No distante julho de 2007, impressionado com a capacidade que tinham os “debates críticos” sobre a literatura brasileira dos últimos 20 anos de descambar para lugar nenhum, publiquei aqui um Sobrescrito em forma de enquete chamado O problema é ‘o problema’, mais tarde compilado no livro “Sobrescritos” (Arquipélago Editorial, 2010). As respostas foram desenhadas de acordo com as metodologias mais a...

Fuentes: acima de tudo, agitador cultural do ‘boom’
Pelo mundo / 16/05/2012

Escritor multifacetado que gabava-se de reescrever pouco e não saber o que era bloqueio criativo, prolífico articulista de esquerda que nunca se prendeu a dogmatismos partidários, cidadão do mundo de modos aristocráticos, professor universitário e “elegante intelectual público”, segundo o obituário do “New York Times”, Carlos Fuentes morreu ontem deixando uma obra vasta mas, tudo indica, menor que seu papel histórico co...

Você pensa que sabe abrir um livro? Pense de novo
Pelo mundo / 14/05/2012

O primitivo infográfico ao lado, chamado “Como abrir um livro novo” e pinçado em velhos arquivos da imprensa americana pela revista The Atlantic, funciona como piada pronta – e de época, ou seja, pronta faz tempo – para quem, ao defender os livros de papel diante dos digitais, argumenta que sua tecnologia é insuperável, intuitiva, descomplicada, perfeita. Não para o consciencioso encadernador que deu as dic...

Harry Potter ‘de graça’: a nova mágica da Amazon
Mercado , Pelo mundo / 11/05/2012

A partir do dia 19 de junho será possível baixar no Kindle todos os sete livros da série Harry Potter, o arrasa-quarteirão de J.K. Rowling, em cinco línguas (inglês, espanhol, francês, alemão e italiano), sem que o cartão de crédito do usuário seja debitado em um único centavo. Os títulos são a mais nova aquisição da “biblioteca” do Kindle, que permite pegar emprestado até um título por mês. Mais detalhes, em ingl...

As estantes mais criativas do planeta
Pelo mundo / 09/05/2012

Divertidas, as listas fotográficas da Flavorwire já são uma tradição no mundo digital – uma prova de que pouca gente resiste a uma sabedoria de almanaque organizada em tópicos. O tema das estantes criativas, por seu lado, já é uma pequena tradição na blogosfera literária – uma prova de que, embora os livros eletrônicos tenham chegado para ficar, os volumes de papel estão longe de perder seu charme. Juntando as d...

Que cena! A xícara de café de ‘Dom Casmurro’
Destaque , Que cena! / 07/05/2012

Lanço hoje uma nova seção no Todoprosa, chamada “Que cena!”. Durante alguns anos, os “Começos inesquecíveis” – posts em que eu apresentava trechos iniciais marcantes de grandes romances, acompanhados de breves comentários que davam pistas sobre o porquê de sua permanência – foram os mais visitados e linkados do blog. O sucesso, imagino, teve tanto a ver com a qualidade dos começos em si quanto com a sede de informa...

Um belo pôster, um enxame de autores e outros links
Pelo mundo / 04/05/2012

O pôster ao lado (“Estes são seus filhos. Estes são seus filhos com livros”) é uma criação do grupo americano de incentivo à leitura Burning Through Pages. Uma beleza, não? Via Galleycat. * O romance é escrito frase por frase. Para cada uma delas, qualquer pessoa pode inscrever uma concorrente (até 140 toques). Usuários como você votam então em cada uma das frases inscritas, dando-lhes cotações de +1 ou -1. A que tive...

Tudo em 5 capítulos: Julian Barnes na cama com Updike
Pelo mundo / 02/05/2012

O site é visualmente modesto, baseado numa ideia simples, e abre mão até de ilustração, que dirá dos recursos multimidiáticos que a internet propicia. Apesar disso – ou por isso mesmo? – o FiveChapters.Com tem um charme dos mais distintos e duradouros da blogosfera literária anglófona. Com curadoria de David Daley, que já andou trabalhando com o pessoal da McSweeney’s, sua proposta é publicar um conto por semana em ...

Era uma vez
Sobrescritos / 30/04/2012

Eram os dois maiores poetas de seu tempo, um tempo remoto em que os homens morriam cedo, mas em compensação os rios eram cristalinos. O poeta do reino do norte era rico e famoso. Casado com a mulher mais bela e cobiçada do mundo, que o acompanhava aonde fosse, era autor de odes e epicédios que o rei encomendava para comemorar as datas cívicas e que o povo ouvia em meio a arrepios festivos ou contrito silêncio, conforme o caso, na ...

Pop de sexta: a morte de Diadorim
NoMínimo / 27/04/2012

httpv://www.youtube.com/watch?v=CWmoYRqVNLk A narração de Mário Lago e a direção de Walter Avancini fazem desse pequeno clipe – concebido como uma daquelas recapitulações sumárias dos folhetins televisivos, destinadas a situar o espectador na trama antes que comece um novo episódio – uma espécie bastante inspirada de resumo e, claro, também um spoiler de “Grande sertão: veredas”. Vi na época, em 1985, a minissérie ...

‘A trama do casamento’: Eugenides em queda livre
Resenha / 25/04/2012

O escritor americano Jeffrey Eugenides estreou em 1993 com uma obra-prima tão madura e original, o romance-novela “Virgens suicidas”, que a consagração de público e crítica atingida dez anos depois por seu segundo romance, “Middlesex”, ganhador do Pulitzer, pareceu apenas natural. Da geração de David Foster Wallace e Jonathan Franzen, Eugenides parecia destinado a figurar em posição de destaque no primeiro time da “no...

Cachê de Gabriel o Pensador não incentiva a leitura
Vida literária / 23/04/2012

O poeta e frasista gaúcho Fabrício Carpinejar criou um fato cultural mais relevante e atual do que a polêmica entre Caetano Veloso e Roberto Schwarz ao cancelar ontem, por meio de uma carta aberta, sua participação na Feira do Livro de Bento Gonçalves (RS). Motivo: a organização do evento acertou um cachê de R$ 170 mil com o rapper e autor de literatura infantil Gabriel o Pensador, depois de, alegando limitações orçamentári...

O não-Pulitzer, a não-política – e outros sim-links
Pelo mundo , Vida literária / 20/04/2012

Baixada a poeira, já dá para dizer: Laura Miller, ex-jurada do prêmio Pulitzer, publicou na Salon.com a melhor reflexão (em inglês) que vi por aí sobre a polêmica ausência de um representante da literatura de ficção entre os laureados deste ano, algo que não ocorria desde 1977. Miller explica o frequente atrito entre as deliberações do júri, formado por gente da área de literatura, e o aval do conselho do Pulitzer, que te...

Eagleton: Literatura existe e tem cinco ingredientes
Pelo mundo / 16/04/2012

Meu próprio entendimento é que, quando as pessoas chamam hoje em dia algum texto de literário, elas geralmente têm em mente uma de cinco coisas, ou alguma combinação entre elas. O que elas querem dizer com “literário” pode ser um trabalho que seja ficcional; que comporte uma medida significativa de intuição sobre a experiência humana, em oposição ao relato de verdades empíricas; que use a linguagem num registro peculiar...