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Não enche, estou lendo!
Pelo mundo / 28/01/2011

Para quem, se é que existe esse alguém, ainda não viu o último sucesso viral do YouTube (mais de 814 mil acessos) nos arrabaldes da literatura, aí vai. Boa diversão e bom fim de semana a todos. httpv://www.youtube.com/watch?v=BuRuwR2JSXI...

A Flip melhorou de musa e outros links
Vida literária / 26/01/2011

A vinda da argentina Pola Oloixarac (furo de Manya Millen e Miguel Conde no “Globo”) deixa a Flip 2011 mais bem servida de “musa” que a do ano passado, em que a cubana Wendy Guerra teve que quebrar o galho no papel. “Acho graça nesse negócio de ser bonita”, diz nesta entrevista a autora de “As teorias selvagens”. Fica mais engraçado ainda quando se sabe que o livro sairá aqui pela Benvirá, a mesma editora de Wendy. ...

Literatura na internet? Não: internet na literatura
Pelo mundo / 24/01/2011

Este artigo de Laura Miller no “Guardian” (em inglês, acesso gratuito) é o melhor que leio em muito tempo sobre o (já) velho tema do impacto que o mundo digital exerce sobre a literatura. Uma das fundadoras da revista eletrônica Salon.com e jornalista de prosa fina, Miller parte de E unibus pluram, o famoso ensaio de David Foster Wallace sobre TV x ficção – do qual traduzi um naco e tanto aqui no blog, em três partes, no fi...

A morte de Stephen Crane e outros links
Pelo mundo / 19/01/2011

Sincronicidade na era digital: enquanto sai pela Penguin-Companhia uma nova e caprichada edição da tradução que fiz há muitos anos (para a extinta Lacerda Editores) de “O emblema vermelho da coragem”, o clássico de Stephen Crane sobre a Guerra Civil Americana, é publicado na Espanha – como me informa a resenha empolgada de Vicente Molina Foix no “Babelia” – um romance do ótimo escritor americano Edmund White que havi...

Concursos literários e o Princípio da Incerteza
Vida literária / 17/01/2011

Sempre recusei convites para ser jurado de concursos literários (a brincadeira da Copa de Literatura Brasileira era até agora a única exceção). No fim do ano passado, porém, por razões de amizade, disse sim a uma dessas propostas e logo me vi enfiado até o pescoço na tarefa de ler, e ler criteriosamente, quase mil contos em menos de dois meses. A experiência não é algo que eu deseje a ninguém, nem a – eventuais, ainda que...

A biblioteca de Michael Jackson. E outras…
Pelo mundo / 12/01/2011

Você esperaria que a biblioteca da casa de Michael Jackson tivesse um ar de livraria especializada em literatura infantil, pode confessar – entre volumes esparsos, muitos pufes, estantes em cores vivas e um boneco maior-que-a-vida de Peter Pan ou Winnie the Pooh, por aí. Nada disso: como se vê na foto ao lado, a biblioteca do chamado Rei do Pop era um templo aristocrático dedicado ao recolhimento e à intensa atividade intectual. ...

Conversa de gente grande
Pelo mundo / 10/01/2011

Quem disse que tudo na internet é rapidinho e superficial? São mais de quarenta minutos de papo franco (com alguma dose de timidez dos dois participantes, o que até ajuda) sobre literatura, dos aspectos técnicos aos éticos, deixando de fora os teóricos; a admiração de ambos por David Foster Wallace e James Baldwin; a ficção como exercício de imaginação do Outro; o esgotamento artístico do relativismo moral, também conheci...

‘Freedom’: Obama no conteúdo, Bush na forma
Resenha / 07/01/2011

Se quiséssemos lançar mão de categorias romanescamente tão rasas quanto aquelas que ajudam a estruturar sua visão de mundo, poderíamos dizer que Freedom, o novo e superaclamado livro de Jonathan Franzen, é um romance democrata no conteúdo e republicano na forma. Isso seria um pouco injusto, mas só um pouco – na medida exata em que, políticas ou não, todas as metáforas que buscam dar conta do atacado passam por cima do que ...

A volta da Copa de Literatura Brasileira
Vida literária / 05/01/2011

A Copa de Literatura Brasileira, o mais divertido, democrático e desencanado dos prêmios literários nacionais, está de volta. Abertamente inspirada na competição americana Tournament of Books, a brincadeira foi lançada em 2007 com regras de torneio esportivo: os livros se enfrentam aos pares em esquema de mata-mata, cada partida decidida por um único juiz, até a final em que todos os árbitros votam. Houve três edições conse...

Quantos livros você leu em 2010?
Vida literária / 03/01/2011

O critério quantitativo tem limitações severas, como provam as vendas do padre Marcelo Rossi, mas é o que costuma ser usado para medir índices de leitura. Por ele, o Brasil vai passando nos últimos tempos do péssimo ao muito ruim, obrigado, com 4,7 livros lidos por habitante/ano, segundo o último – e talvez um tanto otimista – levantamento oficial, divulgado ano passado. Fora da frieza indiferenciada dos números se estende ...

Interlúdio portenho
Pelo mundo / 31/12/2010

K. é um jovem (na casa dos 40) e bem-sucedido escritor de língua alemã que vive em Buenos Aires com a mulher e a filha pequena, num apartamento tão amplo, belo e cinematográfico que não dispensa sequer um elevador de porta pantográfica que parece saído de “O bebê de Rosemary”. Eu não conheço K., nunca o encontrei, de modo que não saberia começar a explicar por que um jovem e bem-sucedido escritor suíço de língua alem...

Enquanto existe 2010…
Pelo mundo / 27/12/2010

…dá tempo de comentar a eleição do livro do ano na Espanha por um time de críticos reunido pelo caderno “Babelia”, do jornal espanhol “El País”: ganhou “Verão”, de J.M. Coetzee, um híbrido de romance e memória que também por aqui foi acolhido generosamente. O livro, lançado no Brasil pela Companhia das Letras, não me agradou muito, como expliquei aqui num post de julho, mas teve inúmeros defensores – Mich...

A aura da ironia (final)
Primeira mão / 24/12/2010

Terceira e última parte do trecho de um ensaio de David Foster Wallace, tradução minha. Na verdade, a postura de tédio anestesiado e sem expressão – aquilo que um amigo meu chama de cara-de-garota-que-está-dançando-com-você-mas-obviamente-preferia-estar-dançando-com-outra-pessoa” – que se tornou a versão da minha geração para o cool tem tudo a ver com a TV. “Televisão”, afinal, significa literalmente o ato de “v...

A aura da ironia (II)
Primeira mão / 22/12/2010

Segunda parte do trecho de um ensaio de David Foster Wallace, com tradução minha. Eu já afirmei – por enquanto de maneira um tanto vaga – que o que torna a televisão tão resistente às críticas da nova Ficção da Imagem é o fato de que ela cooptou as formas distintivas da própria literatura cínica, irreverente, irônica e absurdista do pós-Segunda Guerra que os novos Imagistas usam como pedras de toque. Ocorre que a recic...

A aura da ironia (I)
Primeira mão / 20/12/2010

Como presente de Natal aos leitores do Todoprosa, publico esta semana, em três partes, o trecho de um longo e brilhante ensaio de David Foster Wallace sobre as relações entre a televisão e a nova ficção americana que traduzi para a revista “Serrote” – e que teve apenas um pequeno naco aproveitado. O ensaio integral, E unibus pluram, encontra-se na coletânea A supposedly fun thing I’ll never do again, ainda nã...